São Paulo — InkDesign News — Astrônomos revelaram o mapa 3D mais detalhado já feito de berçários estelares em nossa galáxia, a Via Láctea, utilizando dados do telescópio espacial Gaia da Agência Espacial Europeia (ESA), permitindo uma nova visão sobre a formação de estrelas.
Detalhes da missão
A missão Gaia, lançada em 19 de dezembro de 2013, foi projetada para criar um mapa tridimensional da Via Láctea com um foco particular em estrelas e nuvens de gás. A carga útil consiste em dois telescópios projetados para observar estrelas em diferentes comprimentos de onda. Este trabalho contínuo culminou na criação de um modelo que se estende por 4.000 anos-luz a partir do Sol, incorporando a observação de 44 milhões de estrelas, incluindo 87 estrelas raras do tipo O, que são brilhantes e quentes, típicas de regiões de formação estelar.
Tecnologia e objetivos
O telescópio Gaia utiliza uma combinação de medições de paralaxe e de cintilação estelar para determinar a localização e a distância das estrelas, mesmo aquelas ocultas por densas nuvens de poeira e gás. “Gaia fornece a primeira visão precisa de como nossa seção da Via Láctea pareceria vista de cima”, afirmou Lewis McCallum, astrônomo da Universidade de St. Andrews no Reino Unido.
“Isso é o que nos deixou confiantes de que nossa visão de cima e os filmes de voo são uma boa aproximação do que essas nuvens pareceriam em 3D.”
(“That’s why we are confident that our top-down view and fly-through movies are a good approximation of what these clouds would look like in 3D.”)— Lewis McCallum, Astrônomo, Universidade de St. Andrews
O mapa resulta na visualização de cavidades onde as nuvens pareceriam ter se rompido, liberando fluxos de gás e poeira para o espaço circundante, demonstrando a influência de estrelas massivas.
Próximos passos
Com a missão Gaia encerrada, mas ainda aguardando a liberação de dados adicionais, os astrônomos esperam mapear áreas ainda maiores da Via Láctea. Futuras liberações de dados do Gaia prometem medições mais precisas, possibilitando a expansão deste modelo 3D e avançando nosso conhecimento sobre regiões de formação estelar. “Nunca houve um modelo da distribuição do gás ionizado na Via Láctea local que correspondesse tão bem às observações de outros telescópios”, acrescentou McCallum.
Este marco não apenas oferece insights profundos sobre a formação de estrelas, mas também destaca a relevância das tecnologias de mapeamento espacial em compreender o universo, impactando o avanço da exploração e conhecimento humanos.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)
