
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos anunciaram uma nova visão do jato de partículas que emana do centro da galáxia elíptica gigante M87, com a captura mais clara já feita pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST). A imagem revela detalhes inéditos do jato, que se estende por milhares de anos-luz.
Detalhes da missão
O Telescópio Espacial James Webb, lançado em dezembro de 2021, esteve central na captura das imagens do jato que o buraco negro supermassivo M87* projeta. Localizado a aproximadamente 55 milhões de anos-luz da Terra, M87 foi identificado por Charles Messier no século XVIII e se tornou uma referência na pesquisa de buracos negros. Nesta nova missão, a equipe de pesquisa liderada por Jan Röder, do Instituto de Astrofísica da Andaluzia, aplicou sofisticados métodos de subtração de luz estelar e poeira para isolar o jato em comparação com galaxias de fundo.
Tecnologia e objetivos
Utilizando a Câmera Infravermelha Próxima (NIRCam) do JWST, os astrônomos conseguiram visualizar o jato em quatro bandas de luz infravermelha. “Capturamos a radiação de sincrotron, que é emitida por partículas carregadas que giram em campos magnéticos, o que permite traçar a dinâmica do jato com grande precisão”, afirma Röder.
“A nova imagem do JWST revela o jato como uma fita luminosa se desdobrando em um fundo violeta nebuloso.”
(“The new JWST image shows the jet as a luminous pink ribbon unfurling across a hazy violet backdrop.”)— Jan Röder, Instituto de Astrofísica da Andaluzia
Próximos passos
Os pesquisadores estão atualmente concentrados em decifrar as estruturas complexas e dinâmicas do jato e do contra-jato que se estende por 6.000 anos-luz do centro da galáxia, um fenômeno que é difícil de detectar devido à sua baixa luminosidade. Estudos futuros focarão em entender como esses jatos de partículas influenciam a formação de estrelas e a dispersão de matéria nos espaços intergalácticos. Além disso, há planos de continuar a colaboração entre diferentes instituições de pesquisa para garantir avanços significativos na exploração do cosmos.
“Jatos como o de M87 servem como laboratórios naturais para a física extrema, alimentados por buracos negros supermassivos.”
(“Jets like M87’s are natural laboratories for extreme physics, powered by supermassive black holes.”)— Astrônomos, Estudo publicado em Astronomy and Astrophysics
A nova perspectiva proporcionada pelo JWST não apenas amplifica nosso entendimento sobre esses fenômenos cósmicos, mas também sublinha a importância do telescópio em expandir as fronteiras do conhecimento humano sobre o universo.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)