
São Paulo — InkDesign News — Um novo avanço nas pesquisas sobre a formação de planetas foi alcançado por uma rede de telescópios de rádio no Reino Unido, que observou uma abundância de seixos de tamanho centímetro ao redor de estrelas jovens, fornecendo pistas sobre como sistemas planetários podem se formar.
Detalhes da missão
A missão, realizada pelo telescópio e-MERLIN, focou em duas estrelas no Nuvem Molecular de Touro — DG Tau e HL Tau. Em 2023, os pesquisadores conseguiram detectar seixos de tamanho centimétrico em discos protoplanetários que cercam essas estrelas, a uma distância de aproximadamente 430 anos-luz da Terra. Este trabalho faz parte do projeto PEBBLeS, que visa investigar o acúmulo de material sólido em discos protoplanetários, essencial para entender a formação planetary.
Tecnologia e objetivos
O e-MERLIN é um interferômetro de rádio que conecta sete telescópios de rádio na Grã-Bretanha através de uma rede óptica de fibra super-rápida. Os peixes em questão emitem radiação em comprimentos de onda de cerca de 4 centímetros (1,6 polegadas), que o e-MERLIN pode resolver com precisão. “Estamos agora capazes de investigar onde está o material sólido nesses discos, proporcionando insights sobre as primeiras etapas da formação de planetas,” disse Jane Greaves, líder do projeto.
“Essas observações mostram que discos como os de DG Tau e HL Tau já contêm reservatórios de seixos formadores de planetas em órbitas semelhantes às de Netuno.”
(“These observations show that disks [such as] DG Tau and HL Tau already contain reservoirs of planet-forming pebbles out to at least Neptune-like orbits.”)— Katie Hesterly, Square Kilometer Array Observatory
Próximos passos
O avanço do e-MERLIN está apenas começando; com a previsão de que o telescópio SKA (Square Kilometer Array) comece suas operações em 2031, será possível estudar sistemas planetários com muito mais detalhe. Hesterly destacou que “o SKA levará esse trabalho adiante, permitindo a verificação científica em um número considerável de sistemas planetários.”
“À medida que os grãos se agrupam para formar planetas, a área de superfície de uma determinada massa diminui e se torna mais difícil de ver.”
(“As the grains clump together to make planets, the surface area of a given mass gets smaller and harder to see.”)— Anita Richards, Jodrell Bank
Estas descobertas não apenas aprimoram a compreensão da formação planetária, mas também abrem novas linhas de investigação sobre a origem e o desenvolvimento de sistemas solares, impactando significativamente o avanço da exploração espacial e o conhecimento humano.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)