
São Paulo — InkDesign News — Em meio a crescentes preocupações com as mudanças climáticas, a Agência Espacial Europeia (ESA) demonstrou um compromisso robusto com a ciência da Terra, enquanto a NASA enfrenta cortes significativos em seu orçamento proposto para 2026. As propostas incluem uma redução de 47% nos programas de ciência da Terra da NASA, o que colocaria em risco diversas missões críticas em um momento crucial para a ação climática.
Detalhes da missão
No recente Simpósio Living Planet 2025, realizado em Viena, Áustria, a ESA delineou sua visão de longo prazo para a observação da Terra e engajou a comunidade científica global na conscientização sobre a importância das mudanças climáticas. As prioridades da ESA incluem a continuidade e expansão do programa Copernicus, que já fornece 25 terabytes de dados ambientais por dia.
Tecnologia e objetivos
Um destaque da missão é o satélite Biomass, lançado no início de 2025, que utilizará uma antena de radar para medir os estoques de carbono nas florestas globais. O programa Copernicus se consolidou como padrão internacional em infraestrutura de dados ambientais, permitindo acesso a diversas partes interessadas. Além disso, novos satélites projetados para coletar dados em tempo real incluirão ferramentas de inteligência artificial e computação de borda, visando otimizar a coleta e o processamento de informações.
A mudança climática é o desafio definidor da nossa geração, exigindo que transforme a observação em ação imediata.
(“Climate change is the defining challenge of our generation, requiring us to transform observation into immediate action.”)— Peter Hanke, Ministro Federal da Inovação, Mobilidade e Infraestrutura da Áustria
Próximos passos
Ainda em fase de negociação, o orçamento da NASA apresenta incertezas, mas já enfrenta resistência no Senado dos EUA, onde um projeto de lei busca preservar a maioria das missões de ciência da Terra. Enquanto isso, a ESA planeja o lançamento de missões adicionais, como Harmony, programada para 2029, que monitorará a movimentação da superfície terrestre e as correntes oceânicas com precisão aprimorada. A inovação contínua e a colaboração internacional emergem como chaves para o futuro dos esforços em ciência climática.
Internacionalmente, a colaboração é a essência da nossa atuação em observação da Terra.
(“International collaboration is in the DNA of what we do in Earth observation.”)— Simonetta Cheli, Diretora de Observação da Terra da ESA
As atividades atuais da ESA visam não apenas a preservação ambiental, mas também a promoção de um entendimento mais profundo das dinâmicas da Terra, essencial para a sustentabilidade. A agência parece disposta a assumir um papel de liderança na ciência climática global, especialmente em um cenário onde a NASA, por motivos orçamentários, pode reduzir seus esforços.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)