
São Paulo — InkDesign News — A missão ExoMars, que visa colocar um rover na superfície de Marte, enfrenta novos desafios após cortes no orçamento da NASA propostos pelo ex-presidente Donald Trump, impactando diretamente o cronograma e a tecnologia necessária para a realização do projeto.
Detalhes da missão
A ExoMars, desenvolvida pela Agência Espacial Europeia (ESA), tem como objetivo estudar a superfície e o subsolo de Marte em busca de sinais de vida, sendo a primeira tentativa da Europa de aterrissar um rover no planeta vermelho. Originalmente, o lançamento estava programado para setembro de 2022, mas foi adiado em consequência da invasão da Ucrânia. Agora, a ESA está trabalhando para que a missão ocorra até 2028, mas a falta de apoio da NASA pode comprometer ainda mais o cronograma, com riscos de atrasos além de 2030.
Tecnologia e objetivos
O rover, intitulado Rosalind Franklin, carrega um equipamento inovador: um sistema de perfuração de 2 metros que pode acessar camadas mais profundas do solo marciano, onde teoricamente seriam encontrados vestígios de vida. A missão contempla também a utilização de aquecedores de rádioisótopos, projetados para manter o rover operando em temperaturas extremas, e um sistema de propulsão que desacelera o módulo de aterrissagem. Contudo, “se houver um atraso que signifique perder a janela de lançamento de 2028, uma preocupação é que os requisitos de entrada e descida para um lançamento em 2031 mudarão”, disse um especialista. (
“If there is a delay which means missing the 2028 launch window, a concern is that the approach and entry, descent and landing requirements for a 2031 launch and its selected landing site will be different.”
(“Se houver um atraso que signifique perder a janela de lançamento de 2028, uma preocupação é que a abordagem e os requisitos de entrada, descida e pouso para um lançamento em 2031 e o local de pouso selecionado serão diferentes.”)— Fonte anônima
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Próximos passos
Com a alocação de 360 milhões de euros em 2022 para a ExoMars, a ESA deve discutir a situação em uma reunião programada para novembro de 2023, em Bremen, na Alemanha. Enquanto isso, a engenharia do rover realiza verificações periódicas em instalações em Turim, e seu modelo está sendo testado regularmente. Cientistas europeus esperam que, apesar das complicações orçamentárias e políticas, a missão ainda possa trazer descobertas significativas. “Acredito que estaremos perfurando Marte antes de eu me aposentar, e não sou mais tão jovem”, afirmou um pesquisador sobre a continuidade dos trabalhos. (
“I still believe we will be drilling on Mars before I retire, and I am not 25 anymore.”
(“Ainda acredito que estaremos perfurando Marte antes de eu me aposentar, e não tenho mais 25 anos.”)— Fonte anônima
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A busca por vida em Marte não apenas representa um avanço na exploração espacial, mas também para o entendimento humano sobre a possibilidade de vida em outros planetas.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)