
São Paulo — InkDesign News — Engenheiros da NASA conceberam um pequeno sonda radioativa, chamada Gravity Imaging Radio Observer (GIRO), que promete desvendar os mistérios de planetas alienígenas. O projeto, detalhado em um artigo publicado no dia 29 de maio, visa medir variações sutis nos campos gravitacionais de corpos celestes, como exoplanetas, luas e asteroides.
Detalhes da missão
A missão GIRO planeja utilizar uma sonda radioativa alimentada por bateria, que se desprenderá de uma espaçonave-mãe durante sua órbita. Enquanto a sonda e a espaçonave host orbitam um corpo celeste em formação, variações na gravidade do alvo gerarão pequenas mudanças nas trajetórias dos dois. Park mencionou:
“Essas mudanças podem ser medidas usando o efeito Doppler nos sinais de rádio.”
(“These changes can be measured using the Doppler effect in the radio signals.”)— Ryan Park, Engenheiro Principal, NASA
Tecnologia e objetivos
O GIRO tem como objetivo mapear com precisão os campos gravitacionais de diversos corpos celestes, permitindo inferir a estrutura interna e a dinâmica de planetas e luas. O sistema é projetado para realizar medições de alta precisão, com eficácia que pode ser de 10 a 100 vezes superior às abordagens tradicionais. “Esse nível de precisão é importante para a ciência planetária porque permite um mapeamento mais detalhado dos campos gravitacionais, revelando características sutis da estrutura interna de um planeta ou lua,” disse Park.
Os dados gravimétricos de alta precisão são essenciais, especialmente em situações em que o sinal gravitacional é fraco, como na medição da massa de um pequeno asteroide ou na detecção de mudanças no campo gravitacional de uma lua planetária ao longo do tempo.
Próximos passos
O desenvolvimento do GIRO incluirá a construção de protótipos que simularão as condições reais de missão. Segundo Park, “os marcos mais importantes antes da integração envolvem a construção e teste de protótipos semelhantes aos de voo em ambientes que simulam de perto as condições reais da missão.”
“Isso significa que a ciência da gravidade pode ser conduzida como parte de missões de exploração mais amplas, em vez de exigir espaçonaves dedicadas.”
(“This means gravity science can be conducted as part of broader exploration missions rather than requiring dedicated spacecraft.”)— Ryan Park, Engenheiro Principal, NASA
Com a expectativa de que o GIRO possa ser integrado a uma missão planetária dentro de um a três anos, as limitações orçamentárias e políticas poderão influenciar essa cronologia.
O avanço da tecnologia GIRO representa um potencial significativo para a exploração espacial, ampliando nosso entendimento sobre a formação e evolução de planetas, além de explorar condições que possam abrigar vida em outros mundos.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)