
São Paulo — InkDesign News — Um asteroide, anteriormente considerado uma ameaça para a Terra, será visível a olho nu para até dois bilhões de pessoas quando passar de forma segura pelo nosso planeta em 13 de abril de 2029.
Detalhes da missão
O asteroide Apophis, com um diâmetro de 340 metros, passará a uma distância de 5,9 raios da Terra, mais perto do que os satélites geossíncronos. Esta aproximação inédita ocorrerá em uma sexta-feira, fato que foi mencionado pelo professor de ciências planetárias no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Richard Binzel, durante uma palestra no Congresso EPSC-DPS em Helsinque, no dia 8 de setembro.
Tecnologia e objetivos
A trajetória orbital de Apophis foi calculada com precisão graças a mais de 20 anos de astrometria e mapeamento por radar. Apesar de ser classificado como um asteroide potencialmente perigoso, “não há perigo para a Terra, apenas oportunidades”, destacó Binzel. Essa aproximação proporcionará uma chance única para que espaçonaves observem como a interação com o campo gravitacional e a magnetosfera da Terra influencia Apophis, aumentando nosso entendimento sobre a física dos asteroides.
“A defesa planetária é igual à ciência planetária aplicada.
(“Planetary defense equals applied planetary science.”)— Richard Binzel, Professor, MIT
Próximos passos
Dentre as missões planejadas para estudar o asteroide, destaca-se a missão RAMSES da Europa — que abordará a sequência de observações em acompanhamento com a missão DART da NASA, que impactou Asteroide Dimorphos — e o DESTINY+ do Japão, ambos previstos para lançamento em 2028. Enquanto isso, a NASA avançará com a OSIRIS-APEX, que já está a caminho de uma sobrevoo, após sua missão de amostragem do asteroide Bennu.
“Este será um experimento natural sem precedentes, que acontece talvez uma vez na história humana.
(“This is an unprecedented natural experiment that has been set up for us that maybe happens once in human history.”)— Thomas Statler, NASA
A aproximação de Apophis ao nosso planeta oferecerá uma ocasião para centenas de milhões de testemunhas no solo, com previsão de visibilidade no continente africano e parte da Europa Ocidental. Binzel destacou a magnitude do evento, afirmando que “isso é quatro vezes mais pessoas do que viram Neil Armstrong andar na lua. Pense no evento mundial que isso será.” Assim, as preparações para a observação do asteroide destacam não apenas a importância científica, mas também o potencial de conectar a humanidade em torno da exploração e compreensão do cosmos.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)