NASA observa ejeções solares rumo à Terra que podem iluminar o céu

São Paulo — InkDesign News — Uma série de tempestades solares, composta por quatro ejeções de massa coronal (CMEs), está a caminho da Terra, com previsões de impacto entre os dias 15 e 17 de outubro. A interação desses fenômenos com a atmosfera terrestre pode resultar em auroras impressionantes nos céus do hemisfério norte e até mesmo em latitudes médias.
Detalhes da missão
As CMEs foram desencadeadas na região de manchas solares AR4246 entre 11 e 13 de outubro e são esperadas para atingir a Terra entre 15 e 17 de outubro, conforme informações do Centro de Previsão do Tempo Espacial da NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration). Os distúrbios mais intensos são previstos para o período de 15 a 16 de outubro, quando tempestades geomagnéticas podem alcançar níveis G1 (menores).
Tecnologia e objetivos
Essa categoria, embora a mais branda na escala de clima espacial da NOAA, pode ainda provocar exibições aurorais significativas em latitudes elevadas, como no norte de Michigan ou Maine. Além de belos espetáculos no céu, as tempestades G1 podem causar pequenas flutuações na rede elétrica e impactos menores em satélites.
“O modelo da NOAA indica que a primeira tempestade atingirá entre a manhã e a tarde do dia 14 de outubro, em horário UTC. As tempestades 2 a 4 chegarão a partir do meio-dia de 15 de outubro. Podemos enfrentar os efeitos até o início do dia 17 de outubro, desde que o sol não nos envie outras tempestades direcionadas à Terra!”
(“NOAA’s model run shows the first storm hitting early to mid-day October 14 UTC time. Storms 2–4 arrive starting midday on October 15. We could be dealing with their effects until early October 17, assuming the sun does not send us any other Earth-directed storms!”)— Tamitha Skov, Física do Clima Espacial
Próximos passos
O Centro de Previsão do Tempo Espacial da NOAA e o Escritório Meteorológico do Reino Unido preveem que a atividade mais significativa no clima espacial ocorrerá em 16 de outubro. A combinação do impacto das CMEs pode ocasionar tempestades geomagnéticas menores, possibilitando um ressurgimento das luzes do norte para observadores em partes do norte da Escócia, Canadá e estados do norte dos EUA, desde que as condições atmosféricas sejam favoráveis.
“O primeiro CME provavelmente trará apenas uma ‘perturbação leve’, mas os três subsequentes estão ‘empilhados juntos’, amplificando potencialmente seus efeitos quando chegarem rapidamente.”
(“the first CME is likely to bring only a ‘mild disturbance,’ but warned that the following three are ‘pancaked together,’ potentially amplifying their effects when they arrive in quick succession.”)— Tamitha Skov, Física do Clima Espacial
A atividade solar tem se mostrado alta nos últimos dias, com a região AR4246, um grupo de manchas solares grande e magneticamente complexo, produzindo vários flares de classe M, incluindo um flare M2.7 em 13 de outubro. As CMEs são enormes explosões de plasma magnetizado do sol que podem abalar o campo magnético da Terra, gerando auroras quando partículas carregadas colidem com gases atmosféricos.
É recomendável que os entusiastas da astronomia estejam preparados para observar as possíveis auroras, pois a janela de oportunidades pode ser significativa, com efeitos persistentes por dias. Este evento destaca o contínuo avanço em nosso entendimento do clima espacial e as interações entre a atividade solar e a atmosfera da Terra.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)