
São Paulo — InkDesign News — Uma mancha solar voltada para a Terra se tornou uma notável “fábrica de erupções”, liberando vários flares solares poderosos da classe M em menos de 24 horas, junto com diversas erupções menores da classe C.
Detalhes da missão
O evento mais intenso ocorreu em 15 de junho, com pico às 15h25 EDT (18h25 GMT), registrando-se como um flare da classe M8.46, quase na categoria X, que representa as erupções mais poderosas. Este fenômeno também resultou em uma ejeção de massa coronal (CME), uma imensa pluma de plasma solar e campo magnético, agora parcialmente direcionada para a Terra. Previsões indicam que a ponta da CME poderia atingir nosso planeta em 18 de junho, segundo Spaceweather.com.
Tecnologia e objetivos
Flares solares são causados pelo acúmulo de energia magnética na atmosfera solar, libertando-se em um intenso surto de radiação eletromagnética. Esses eventos são classificados em grupos por seu tamanho, com flares da classe X sendo os mais fortes, seguidos pelos da classe M, que são 10 vezes mais fracos. A erupção de 15 de junho estava classificada como M8.46, o que a torna um evento quase da classe X. As radiações dos flares viajam à velocidade da luz e atingem a Terra em pouco mais de oito minutos, ionizando a atmosfera superior e causando interrupções nas comunicações de rádio de ondas curtas no lado iluminado do planeta.
“Quando a radiação solar chega, ela ioniza a atmosfera superior, o que pode perturbar as comunicações de rádio em algumas regiões.”
(“When solar radiation arrives, it ionizes the upper atmosphere, which can disturb radio communications in some regions.”)— Especialista em Clima Espacial, NOAA
Próximos passos
A região da mancha solar responsável por essa atividade não demonstra sinais de desaceleração. Um novo flare da classe M6.4 foi liberado na manhã de 16 de junho às 5h30 EDT (9h30 GMT) e continua voltado para a Terra. Espera-se que mais flares solares, e possivelmente mais CMEs, possam ocorrer nos próximos dias. Se forem confirmadas, poderemos observar espetáculos de auroras boreais em regiões como o norte de Michigan e Maine.
“Ainda há potencial para mais flares e CMEs nos próximos dias.”
(“There is still potential for more flares and CMEs in the coming days.”)— Astrônomo, Space.com
A capacidade do ser humano de prever e compreender essas erupções reforça o impacto das investigações no avanço da exploração espacial e no conhecimento sobre os fenômenos que regem nosso sistema solar.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)