NASA investiga imagem gerada por IA de buraco negro no centro da galáxia

São Paulo — InkDesign News — Um novo modelo de inteligência artificial sugere que o buraco negro supermassivo no centro de nossa galáxia, Sagittarius A*, está girando em “velocidade quase máxima”. A pesquisa foi divulgada em um estudo recente, embora a qualidade dos dados utilizados deixe especialistas céticos quanto à precisão dos resultados.
Detalhes da missão
O estudo foi realizado por uma equipe internacional de cientistas que buscou aplicar técnicas de inteligência artificial para extrair informações mais precisas sobre o Sagittarius A*. O buraco negro em questão foi formalmente retratado em uma imagem pela primeira vez em maio de 2022, mas aspectos cruciais de seu comportamento ainda permanecem desconhecidos. O modelo AI foi alimentado por dados que foram anteriormente considerados muito ruidosos para análises convencionais.
Tecnologia e objetivos
A abordagem empregada, conhecida como interferometria de base-extendida (very long baseline interferometry, VLBI), integra instrumentos espalhados pelo mundo, permitindo captar longas ondas eletromagnéticas para medir o raio dos fótons que cercam o buraco negro. Contudo, essa técnica é altamente suscetível a interferências da umidade atmosférica da Terra, dificultando a análise dos dados coletados. Segundo Michael Janssen, astrofísico da Radboud University, “uma rede neural é idealmente adequada para resolver esse problema”
A técnica é particularmente eficaz na extração de informações relevantes a partir de dados considerados ruidosos.
(“The technique is particularly effective in extracting relevant information from noisy data.”)— Michael Janssen, Astrofísico, Radboud University
. A equipe de pesquisa, ao refinar o modelo, revelou que o buraco negro tem um eixo de rotação que parece apontar para a Terra.
Próximos passos
A equipe planeja aplicar suas técnicas nos dados mais recentes do Event Horizon Telescope (EHT) e compará-los com resultados que possam ser verificados no mundo real. As expectativas são de que isso ajude a refinar o modelo e a melhorar simulações futuras, uma vez que Reinhard Genzel, que expressou apoio à pesquisa, alertou que “inteligência artificial não é uma solução milagrosa”
A qualidade dos dados pode ter influenciado o modelo de forma inesperada.
(“The quality of the data could have biased the model in unexpected ways.”)— Reinhard Genzel, Astrofísico, Max Planck Institute for Extraterrestrial Physics
.
Os resultados desse estudo não apenas contribuem para o entendimento de como os buracos negros supermassivos se comportam, mas também representam um marco na aplicação de tecnologias emergentes na astrofísica. Essa linha de pesquisa continua a potencializar a exploração do cosmos e a expandir nosso conhecimento sobre fenômenos que há muito fascinavam a comunidade científica.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)