
São Paulo — InkDesign News — Pesquisas recentes indicam que os “pontos vermelhos” observados no universo primitivo podem, na verdade, representar uma nova classe de objetos cósmicos conhecidos como estrelas de buracos negros. Se confirmado, este conceito ajudaria a explicar como buracos negros cresceram para tamanhos supermassivos antes mesmo de o universo completar um bilhão de anos.
Detalhes da missão
O Telescópio Espacial James Webb (JWST) identificou os pontos vermelhos como alguns dos objetos celestes mais intrigantes encontrados até agora. Tratando-se de galáxias antigas que existiram menos de 700 milhões de anos após o Big Bang, sua natureza contradiz o que era esperado dos modelos convencionais de formação de galáxias. Essas estruturas complexas sugerem propriedades que levaram os cientistas a referi-las como “quebradoras de universo”. A análise se baseou em diversas medições espectrais ao longo de 2024, culminando na descoberta de um objeto notável conhecido como “Cliff”, localizado a cerca de 12 bilhões de anos-luz da Terra, que revelou características extraordinárias que desafiam as teorias existentes.
Tecnologia e objetivos
Os cientistas, ao analisarem esses pontos, propuseram que, ao invés de serem galáxias maduras, podem ser vastas esferas de gás denso e quente. Estes “buracos negros estrelas” seriam alimentados por buracos negros supermassivos absorvendo matéria ao seu redor, gerando imensas quantidades de energia. “Basicamente, olhamos para o suficiente de pontos vermelhos até ver um que tinha atmosfera demais para ser explicado como estrelas típicas de uma galáxia”, disse Joel Leja, membro da equipe e pesquisador da Universidade Estadual da Pensilvânia.
(“Basically, we looked at enough red dots until we saw one that had so much atmosphere that it couldn’t be explained as typical stars we’d expect from a galaxy,” said Joel Leja, team member and Penn State University researcher)
Próximos passos
O JWST continuará a investigar os pontos vermelhos no universo primitivo para elucidar a verdadeira natureza desses objetos. O time acredita que sua teoria é a que melhor se alinha com os dados atuais. “Este é o melhor fundamento que temos e realmente o primeiro que se adapta a quase todos os dados, então agora precisamos desenvolver mais”, refletiu Leja.
(“This is the best idea we have and really the first one that fits nearly all of the data, so now we need to flesh it out more,” Leja said)
Ainda são grandes os desafios para a compreensão como buracos negros alcançaram massas equivalentes a milhões ou bilhões de sóis em uma era do universo tão jovem. Esta nova concepção pode fornecer insights sobre a formação inicial de buracos negros supermassivos, expandindo nosso entendimento sobre a evolução cósmica.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)