
São Paulo — InkDesign News — A NASA anunciou que seu Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) capturou imagens do local do impacto da Resilience, um módulo lunar desenvolvido e operado pela empresa ispace, com sede em Tóquio. A tentativa de pouso ocorreu em 5 de junho na região central do Mare Frigoris (Mar da Frigidez), um ambiente volátil caracterizado por grandes falhas geológicas conhecidas como cristas de rugas.
Detalhes da missão
A Resilience, que marcava a segunda tentativa da ispace de pousar na Lua, tentou uma descida controlada após uma missão complexa iniciada meses antes. Infelizmente, a comunicação foi perdida logo após o início da sequência de pouso, levando a equipe a concluir que o módulo havia sido “provavelmente perdido” algumas horas depois da tentativa.
Juntamente com Resilience, o microrover Tenacious, desenvolvido pela subsidiária europeia da ispace, também se perdeu durante a operação. O Tenacious carregava uma instalação artística, a “Moonhouse” de Mikael Genberg, uma réplica de uma típica casa sueca em vermelho e branco.
Tecnologia e objetivos
A missão tinha como objetivo explorar as características topográficas do Mare Frigoris, uma região lunar que se formou há mais de 3,5 bilhões de anos em função de grandes erupções de basalto. Segundo Mark Robinson, cientista lunar da Intuitive Machines, “o impacto da Resilience gerou marcas evidentes ao escavar o regolito superficial” e criou uma “auréola brilhante resultante da erosão.”
A auréola é resultado de partículas de regolito que arranharam a superfície delicada do solo lunar.
(“the faint bright halo resulted from low-angle regolith particles scouring the delicate surface.”)— Mark Robinson, Cientista Lunar, Intuitive Machines
Próximos passos
Com a perda da Resilience, a ispace está reavaliando suas estratégias futuras e desenvolvendo novas tecnologias para suas próximas missões lunares. A empresa já planejou um terceiro módulo lunar, visando um pouso bem-sucedido em uma próxima empreitada. Robinson destacou que a localização do impacto da Resilience está aproximadamente a 1,5 milhas (2,4 km) do site de pouso originalmente mapeado.
A precisão de um único decimal nas coordenadas lunares equivale a 30 km.
(“one decimal place in lunar latitude and longitude equals 19 miles (30 km).”)— Mark Robinson, Cientista Lunar, Intuitive Machines
Embora o projeto tenha resultado em perdas significativas, a exploração lunar continua a expandir o conhecimento humano sobre nosso satélite natural, permitindo avanços em pesquisa científica e inovação tecnológica. A nova abordagem da ispace será crucial para garantir o sucesso em suas futuras missões.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)