
São Paulo — InkDesign News — Novas pesquisas indicam que a Terra pode ter até uma dúzia de fragmentos da lua, conhecidos como minimoons, orbitando brevemente nosso planeta antes de seguir para uma órbita em torno do sol. Esses pequenos corpos celestes, devido ao seu tamanho reduzido e velocidade, apresentam grandes desafios para a detecção.
Detalhes da missão
Em um estudo publicado na revista Icarus, pesquisadores analisaram como os fragmentos da lua se desprendem durante colisões. Embora a maior parte do material lunar ejetado caia em direção ao sol, uma pequena fração pode ser capturada temporariamente pela gravidade da Terra. A pesquisa sugere que durante um determinado período, cerca de 6,5 desse tipo de satélite poderia estar orbitando o planeta simultaneamente. A duração média dessa órbita é estimada em aproximadamente nove meses.
Tecnologia e objetivos
Utilizando simulações de como os detritos ejetados se comportam, os cientistas concluíram que cerca de 20% dos fragmentos poderiam se transformar em minimoons. Robert Jedicke, um dos autores do estudo, ressalta a complexidade da detecção desses objetos: “Detectar objetos nessa faixa de tamanho significa que eles devem estar próximos para serem brilhantes, mas se estão próximos, também aparecem se movendo rapidamente pelo céu”
(“Detecting objects in that size range means they have to be close so they are bright, but if they are close, it means they also appear to be moving quickly across the sky.”)— Robert Jedicke, Pesquisador, Universidade do Havai.
Próximos passos
Os próximos passos incluem um aprimoramento nas técnicas de observação e um foco em identificar novos minimoons para refinar a previsão apresentada. A detecção e rastreamento dessas pequenas luas temporárias são essenciais para entender melhor o processo de formação de crateras e a dinâmica do sistema solar. Além disso, também podem ter aplicações comerciais intrigantes, exigindo menos combustível para visitação em comparação com asteroides no cinturão principal. “Esses breves visitantes podem revelar como o sistema solar se formou e continua a evoluir”
(“These brief visitors could also have intriguing commercial applications.”)— Robert Jedicke, Pesquisador, Universidade do Havai.
Este novo entendimento acerca dos minimoons não só proporciona uma visão mais ampla sobre a dinâmica lunar, mas também indica como nosso planeta interage com os corpos celestes que o cercam. A busca pela identificação desses objetos poderia potencialmente expandir nosso conhecimento sobre meteoritos e impactos, contribuindo significativamente para a meteorologia espacial.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)