
São Paulo — InkDesign News — Usando uma combinação poderosa do Telescópio Subaru e do Telescópio Espacial James Webb (JWST), astrônomos descobriram sete quasares alimentados por buracos negros supermassivos, envolvidos em camadas de poeira, que existiram quando o universo tinha menos de um bilhão de anos.
Detalhes da missão
Esta descoberta, realizada entre julho de 2023 e outubro de 2024, resultou na identificação de quasares que eram previamente ocultos. O Telescópio Subaru permitiu a localização de mais de 200 quasares, embora a detecção fosse dificultada pela poeira cósmica que absorve a radiação ultravioleta. Esses quasares, com energias equivalentes a vários trilhões de sóis, são alimentados por buracos negros supermassivos com massas bilhões de vezes maiores que a do Sol.
Tecnologia e objetivos
A pesquisa fez uso do instrumento Hyper Suprime-Cam no Telescópio Subaru, que facilitou a identificação de galáxias extremamente brilhantes que mostravam sinais de emissões de alta energia. Com o JWST, os cientistas puderam explorar essas galáxias no infravermelho, permitindo a identificação dos quasares ocultos. “O Telescópio Subaru’s wide and sensitive survey allowed us to spot rare, luminous galaxies, and JWST was able to catch the faint infrared light from the hidden quasars,” disse Yoshiki Matsuoka, líder da equipe.
“A pesquisa do Telescópio Subaru descobriu 200 quasares, mas as emissões de UV falham em nos alcançar devido à poeira cósmica.”
(“The Subaru Telescope’s wide and sensitive survey allowed us to spot rare, luminous galaxies.”)— Yoshiki Matsuoka, Líder da Equipe, Universidade de Ehime
Próximos passos
Os pesquisadores planejam investigar mais detalhadamente esses quasares obstruídos para entender por que seus ambientes diferem tanto dos quasares descobertos anteriormente sem poeira. Além disso, pretende-se buscar mais buracos negros escondidos em uma amostra mais ampla de galáxias que existiram em épocas iniciais do cosmos. A equipe calcula que a população de quasares durante a “Aurora Cósmica” pode ser o dobro do que se pensava anteriormente.
A luz emitida por esses quasares é absorvida em 99,9% na faixa ultravioleta e 70% na luz visível.
(“The dust surrounding these quasars absorbs around 99.9% of the ultraviolet light they emit.”)— Yoshiki Matsuoka, Líder da Equipe, Universidade de Ehime
Esses avanços não apenas fornecem novos insights sobre a formação de buracos negros supermassivos, mas também contribuem para a compreensão da evolução do universo como um todo.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)