
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos usaram o Telescópio Espacial James Webb (JWST) para observar eventos de destruição estelar provocados por buracos negros supermassivos, revelando pela primeira vez a voracidade desses gigantes cósmicos em galáxias envoltas em poeira e gás.
Detalhes da missão
O JWST, um projeto de $10 bilhões, foi projetado para revelar o universo em seu comprimento de onda infravermelho. Recentemente, a equipe de pesquisa focou sua atenção em quatro galáxias empoeiradas, onde foram identificados eventos de destruição de maré (TDEs). Tais eventos são gerados quando estrelas se aproximam de buracos negros supermassivos, resultando em longos processos de elevação e destruição estelar.
Tecnologia e objetivos
O JWST é equipado com instrumentos que permitem a detecção de assinaturas infravermelhas de buracos negros em regiões onde a radiação óptica e de raios-X é frequentemente bloqueada pela poeira. Através de um tipo específico de emissão infravermelha, a equipe conseguiu identificar a atividade de buracos negros, observando a ionização do néon, que gera um “dedo da evidência” exclusivo da acreção de buracos negros.
“Esse é o primeiro momento em que contemplamos TDEs com o JWST, e elas não se assemelham a nada que já tenhamos visto.”
(“These are the first JWST observations of TDEs, and they look nothing like what we’ve ever seen before.”)— Megan Masterson, Pesquisadora, MIT
Próximos passos
A equipe de pesquisa pretende investigar mais galáxias para identificar TDEs ainda não detectadas. Isso pode elucidar a quantidade de material estelar que buracos negros supermassivos consomem, bem como o tempo que cada evento de destruição leva para se completar. A proximidade do evento de destruição mais próximo detectado, localizado a 130 milhões de anos-luz, exemplifica o potencial do JWST em contribuir para a nossa compreensão dos buracos negros.
“A real processagem de um buraco negro consumindo todo esse material estelar leva um tempo considerável, não é um processo instantâneo.”
(“The actual process of a black hole gobbling down all that stellar material takes a long time, it’s not an instantaneous process.”)— Megan Masterson, Pesquisadora, MIT
Essas descobertas ampliam as fronteiras de nosso conhecimento sobre os buracos negros e suas interações em ambientes galácticos densos, avançando a exploração espacial e nossa compreensão do cosmos.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)