
São Paulo — InkDesign News — A empresa japonesa Astroscale apresentou uma patente inovadora para um sistema de remoção de detritos espaciais, com o objetivo de enfrentar a crescente preocupação com lixo orbital. O método, denominado “Método e Sistema para Remoção de Detritos Espaciais Multobjetos”, foi registrado nos Estados Unidos e promete um modo mais eficiente para lidar com resíduos na órbita terrestre.
Detalhes da missão
A Astroscale planeja realizar operações de remoção de detritos usando uma única espaçonave de serviço que será capaz de acoplar-se com múltiplos objetos de detritos grandes, como satélites desativados e estágios de foguetes usados. Esses objetos serão então transferidos para um veículo chamado “shepherd”, que se encarregará da reentrada controlada na atmosfera da Terra, longe de áreas povoadas. A flexibilidade do sistema permite adaptações conforme o tamanho e o risco dos detritos, aumentando a eficácia e a segurança das operações.
Tecnologia e objetivos
O sistema inovador da Astroscale é descrito como uma arquitetura distribuída, capaz de realizar operações de remoção de detritos ativas de forma escalável e repetida. O veículo “shepherd” tem a capacidade de permanecer acoplado durante a reentrada ou se desanexar e retornar à órbita, se a missão permitir. A empresa destaca que este modelo evitará a queima de suas espaçonaves avançadas junto com os detritos na reentrada, contribuindo para a diminuição de material prejudicial liberado na atmosfera.
“Esta inovação patenteada oferece uma abordagem sustentável e econômica para a remoção de detritos, permitindo operações repetíveis de ADR e reentrada controlada de múltiplos objetos de detritos.”
(“This patented innovation offers a sustainable and cost-effective distributed architecture approach to active debris removal, allowing for scalable, repeatable ADR operations and controlled reentry of multiple debris objects.”)— Astroscale
Próximos passos
A Astroscale está se preparando para lançar o coletor de lixo espacial ELSA-M no ano de 2026 e planeja realizar a remoção de um estágio de foguete do tamanho de um ônibus antes do final da década, como parte da missão ADRAS-J2. Além disso, a empresa está desenvolvendo soluções de serviços em órbita para apoiar o uso seguro e sustentável do espaço no futuro.
“Nossa arquitetura distribuída resolve um desafio essencial na remoção de detritos orbitais ao permitir a desorbitação e reentrada de múltiplos grandes objetos de detritos de forma sustentável e econômica.”
(“Our distributed architecture solves a key challenge in orbital debris removal by enabling the deorbit and reentry of multiple large debris objects sustainably and economically.”)— Mike Lindsay, Diretor Técnico da Astroscale
Essas inovações não apenas abordam a questão premente do lixo espacial, mas também estabelecem um padrão para a futura exploração espacial e sua sustentabilidade, impactando diretamente o conhecimento humano sobre a conservação do espaço orbital.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)