
São Paulo — InkDesign News — Um grupo de pesquisa da Texas A&M University, em parceria com a Canopy Aerospace, desenvolve uma tecnologia inovadora para espaçonaves reutilizáveis que promete tornar mais eficaz a proteção contra o calor intenso ao reentrar na atmosfera terrestre, utilizando um material que “sua”, liberando um gás refrigerante.
Detalhes da missão
Este projeto integra um financiamento de 1,7 milhão de dólares do Air Force Small Business Technology Transfer. Os testes dos protótipos estão sendo realizados na National Aerothermochemistry and Hypersonics Laboratory e focam na avaliação da capacidade do novo material de “suor” e na eficiência do gás refrigerante em isolar a espaçonave durante a reentrada em altas velocidades.
Tecnologia e objetivos
A nova tecnologia emprega um material impresso em 3D, consistindo em carbeto de silício desenvolvido pela Canopy Aerospace. Este material é projetado para suportar pressões atmosféricas extremas, mantendo-se poroso para a liberação do gás refrigerante. A técnica chamada resfriamento por transpiração libera uma camada de gás na superfície do veículo, agindo como um escudo, prevenindo o contato direto com o calor gerado pelo atrito e compressão dos gases atmosféricos durante a reentrada.
“O gás tem uma condutividade térmica muito baixa. É por isso que um casaco puffer é tão eficaz. Ele aprisiona o ar nesses bolsões, portanto é a isolação do ar que mantém você aquecido, não a parte sólida do casaco.”
(“Gas has a very low thermal conductivity. This is why a puffer jacket is so effective. It traps air in these pockets, so it is the insulation from the air keeping you warm, not the solid part of the jacket.”)— Hassan Saad Ifti, Professor Assistente de Engenharia Aeroespacial
Os testes visam observar a superfície do material sob condições hipersônicas, verificando se as temperaturas diminuem com a introdução do fluxo de refrigerante.
Próximos passos
Os pesquisadores planejam continuar a investigação para determinar a eficácia do novo material e sua capacidade de adaptação, com a expectativa de identificar direções futuras para a tecnologia. William Matthews, um doutorando envolvido nos testes, afirmou:
“Deveríamos ver que a superfície do material está mais fresca em velocidades hipersônicas quando o fluxo refrigerante é introduzido do que na linha de base, quando nenhum refrigerante está presente.”
(“We should see that the material’s surface is cooler at hypersonic speeds when the coolant flow is introduced than the baseline when no coolant is present.”)— William Matthews, Doutorando
Essas inovações representam um avanço significativo na exploração espacial, potencialmente tornando as naves espaciais mais seguras e prontamente reutilizáveis, o que poderá facilitar futuras missões e expandir o conhecimento humano sobre voos espaciais.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)