
São Paulo — InkDesign News — Em uma significativa descoberta sobre as explosões solares, pesquisadores da Universidade de St. Andrews, na Escócia, relataram que as flares solares estão gerando partículas com temperaturas até 60 milhões de graus Celsius, bem acima das estimativas anteriores, que variavam entre 10 milhões a 40 milhões de graus Celsius.
Detalhes da missão
O estudo liderado por Alexander Russell identificou uma característica intrigante nas flares solares que foram monitoradas nas últimas décadas. Utilizando experimentos e simulações referentes ao fenômeno da reconexão magnética, os pesquisadores revelaram que os íons liberados durante as flares atingem temperaturas extremas, que influenciam a ampla gama espectral observada. Esta pesquisa foi documentada em um artigo publicado recentemente na revista The Astrophysical Journal Letters.
Tecnologia e objetivos
Os instrumentos utilizados na pesquisa consistiram em telescópios de alta resolução e simulações computacionais avançadas. Os cientistas aproveitaram tecnologias que permitem observar a luz emitida pelas flares e analisaram as linhas espectrais. Russell afirmou que as flares solares “afetam partículas que são simplesmente muito mais quentes do que se pensava anteriormente” (
as flares solares “afetam partículas que são simplesmente muito mais quentes do que se pensava anteriormente”
(“This appears to be a universal law,” Russell said in a statement.)— Alexander Russell, Pesquisador, Universidade de St. Andrews
). Essa descoberta traz à tona uma nova abordagem para a modelagem do plasma no ambiente solar.
Próximos passos
O time de pesquisa pretende desenvolver uma nova geração de modelos solares, aplicando a abordagem de “multi-temperatura” que já é comum em outros ambientes de plasma. Estas melhorias podem impactar previsões de clima espacial, especialmente se os cientistas têm subestimado a energia armazenada nos íons das flares. Uma previsão aprimorada beneficiaria operadores de satélites, companhias aéreas e agências espaciais com informações mais precisas, permitindo uma melhor preparação para eventos solares potencialmente perigosos.
O impacto desta pesquisa é significativo, pois oferece novas ferramentas para o entendimento das dinâmicas solares, contribuindo para o avanço do conhecimento humano sobre nosso sistema solar e suas interações. Modelos mais precisos podem mudar a forma como interpretamos as flares solares e seus efeitos no clima espacial.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)