
São Paulo — InkDesign News — Um estudo realizado por cientistas da Carnegie Mellon University identificou a presença de um corpo celeste companheiro ao famoso Betelgeuse, uma estrela supergigante vermelha localizada na constelação de Orion, marcando um avanço significativo na astrofísica estelar.
Detalhes da missão
A observação realizada pelo telescópio Gemini North, no Havai, revelou uma possível companheira de Betelgeuse, carinhosamente apelidada de Betelbuddy. O tempo das observações foi crucial, pois Betelbuddy estava em sua máxima distância em relação a Betelgeuse. As medições revelaram que Betelgeuse possui cerca de 700 vezes o tamanho do Sol e é milhares de vezes mais brilhante. Esta etapa foi primordial, pois “nunca havia havido uma boa observação onde Betelbuddy não estivesse atrás de Betelgeuse,” afirmou Anna O’Grady, pós-doutoranda na CMU. “Isso representa as observações de raios-X mais profundas de Betelgeuse até hoje.”
Tecnologia e objetivos
Os pesquisadores usaram o Observatório de Raios-X Chandra da NASA e o Telescópio Espacial Hubble para examinar Betelgeuse em detalhes. A equipe tinha inicialmente a expectativa de que a companheira fosse uma anã branca ou uma estrela de nêutrons, mas não observaram sinais de acréscimo, característico desses tipos de objetos. Em vez disso, a suspeita recaiu sobre a possibilidade de Betelbuddy ser um objeto estelar jovem, com massa similar ao nosso Sol. Isso desafia as noções atuais sobre sistemas estelares binários, que geralmente têm estrelas de massas similares.
Próximos passos
Os pesquisadores planejam continuar investigando as características de Betelbuddy para entender melhor as dinâmicas de estrelas com relações de massa extremas. Esta descoberta abre um novo campo de estudos para sistemas binários, que não havia sido amplamente explorado pela dificuldade em identificar tais configurações. O trabalho da equipe será publicado no The Astrophysical Journal no dia 10 de outubro.
Isso abre um novo regime de binários de extrema razão de massa,
(“This opens up a new regime of extreme mass ratio binaries.”)— Anna O’Grady, Pós-doutoranda, Carnegie Mellon University
O impacto desta descoberta pode ser profundo para o entendimento dos processos de formação estelar e a dinâmica de interações entre massas desiguais em sistemas binários, marcando um novo capítulo na exploração do cosmos.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)