
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos avançam em suas investigações sobre planetas de lava, mundos exóticos que, devido à sua proximidade com estrelas, apresentam temperaturas extremas, derretendo rochas e criando eventuais oceanos de magma em suas superfícies.
Detalhes da missão
A pesquisa em questão, liderada por Charles-Édouard Boukaré e publicada no journal Nature, explora a evolução de planetas de lava ao longo de bilhões de anos. Os cientistas desenvolveram um modelo numérico que prediz o estado térmico desses planetas após a formação. Observações com o telescópio James Webb Space Telescope (JWST) já estão programadas para estudar características desses mundos, com um total de cinco programas específicos planejados.
Tecnologia e objetivos
Os investigadores empregaram inovação em mecânica de fluidos geofísicos e atmosferas de exoplanetas para entender as dinâmicas internas e a composição desses planetas. A meta é trazer luz sobre características como química, condições de superfície e outras particularidades. “Esses processos, embora amplificados em planetas de lava, são fundamentalmente os mesmos que moldam planetas rochosos em nosso próprio sistema solar,” disse Boukaré.
“Espero que possamos observar e distinguir planetas de lava antigos de jovens. Se conseguirmos, será um passo importante para além da visão tradicional de exoplanetas.”
(“We really hope we can observe and distinguish old lava planets from young lava planets. If we can do this, it would mark an important step toward moving beyond the traditional snapshot view of exoplanets.”)— Charles-Édouard Boukaré, Pesquisador, York University
Próximos passos
O planejamento avançado inclui análise das atmosferas silicatadas, permitindo aos cientistas compreender as interações complexas entre a atmosfera, a superfície derretida e os minerais internos. Além do JWST, telescópios futuros, como o Extremely Large Telescope em construção no Chile, devem contribuir para esse campo. Boukaré apresentou a pesquisa como uma base sólida para futuras investigações e colaborações. A equipe garantiu 100 horas de tempo de observação no JWST, crucial para a validação de suas teorias.
“Planetas de lava têm uma atmosfera de rochas silicatadas vaporadas, que pode ser observável com o JWST.”
(“Lava planets are expected to have lost all their volatiles to space, but their 2,000–3,000 K daysides support an atmosphere of vaporized silicate rocks, which may be observable with the James Webb Space Telescope (JWST).”)— Estudo sobre planetas de lava
A exploração dos planetas de lava representa um avanço significativo na ciência dos exoplanetas, abrindo novas possibilidades para o entendimento da formação e evolução planetária, além de ampliar nosso conhecimento sobre os sistemas planetários fora do nosso.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)