
São Paulo — InkDesign News — A NASA/ESA Hubble Space Telescope divulgou uma impressionante imagem da galáxia espiral barrada NGC 6000, localizada a aproximadamente 102 milhões de anos-luz na constelação de Escorpião. A descoberta foi realizada como parte de um projeto que investiga locais de supernovas em galáxias vizinhas.
Contexto da descoberta
NGC 6000, também conhecida como ESO 450-20, IRAS 15467-2914 ou LEDA 56145, tem cerca de 67.000 anos-luz de diâmetro e foi descoberta pelo astrônomo britânico John Herschel em 8 de maio de 1834. É classificada como uma galáxia Seyfert II e é a mais brilhante da constelação de Escorpião.
“NGC 6000 possui um centro amarelo brilhante e bordas azuis cintilantes”, afirmaram os astrônomos do Hubble. Essa coloração reflete as diferenças nas idades médias, massas e temperaturas das estrelas da galáxia.
Métodos e resultados
Os instrumentos do Hubble coletaram dados durante a análise de locais de supernova em galáxias adjacentes. NGC 6000 já foi palco de duas supernovas: SN 2007ch em 2007 e SN 2010as em 2010. “Nós conseguimos discernir o brilho tênue das supernovas anos após a explosão inicial”, disseram os cientistas.
Essas observações ajudam a restringir as massas das estrelas progenitoras de supernovas e indicam se elas tinham companheiras estelares. Ao examinar o lado direito do disco da galáxia, é possível notar quatro linhas finas, representando um asteroide do nosso Sistema Solar que atravessava a vista do Hubble enquanto observava NGC 6000.
Implicações e próximos passos
As quatro trilhas são resultado de exposições diferentes capturadas sequencialmente com breves intervalos. “As cores aparecem assim porque cada exposição utilizou um filtro para coletar apenas comprimentos de onda da luz específicos, neste caso, em torno do vermelho e azul”, acrescentaram os pesquisadores.
Esses processos são fundamentais para estudar as estrelas em relação às suas cores, mas também tornam os asteroides intrusos bastante evidentes. A análise contínua da NGC 6000 pode revelar mais sobre a formação estelar e os eventos de supernova na galáxia.
A pesquisa não só aprofunda nosso entendimento da NGC 6000, mas também abre caminhos para futuras investigações sobre a dinâmica de galáxias espirais e as interações entre estrelas e seus ambientes galácticos.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)