
São Paulo — InkDesign News — Um estudo conduzido por cientistas da NASA e da Universidade Penn State analisa o padrão das transmissões humanas no sistema solar, visando identificar áreas de busca por sinais de vida inteligente extraterrestre.
Detalhes da missão
Os pesquisadores investigaram dados do Deep Space Network (DSN), que possibilita comunicação bidirecional com espaçonaves e rovers planetários. Focando nas transmissões para instrumentos no espaço profundo e não nas destinadas a satélites em órbita terrestre, o estudo também considerou a posição dos planetas no sistema solar nos últimos 20 anos.
Tecnologia e objetivos
A equipe estabeleceu que os sinais de rádio da NASA se concentram principalmente em espaçonaves próximas a Marte e em pontos de Lagrange, locais ideais para telescópios como o James Webb Space Telescope (JWST). De acordo com o pesquisador líder, a análise sugere que existem 77% de chances de que uma civilização extraterrestre em um lugar favorável poderia detectar nossas transmissões durante o alinhamento dos planetas.
“Com base nos dados dos últimos 20 anos, encontramos que, se uma inteligência extraterrestre estivesse em uma localização que pudesse observar o alinhamento de Terra e Marte, há 77% de chance de que eles estariam no caminho de uma de nossas transmissões — ordens de magnitude mais provável do que estar em uma posição aleatória em um momento aleatório.”
(“Based on data from the last 20 years, we found that if an extraterrestrial intelligence were in a location that could observe the alignment of Earth and Mars, there’s a 77% chance that they would be in the path of one of our transmissions — orders of magnitude more likely than being in a random position at a random time.”)— Fan, Pesquisador, Penn State Eberly College of Science
Próximos passos
A equipe planeja identificar sistemas planetários que se ajustem aos critérios encontrados em sua pesquisa. Eles observam que, à medida que as transmissões humanas para outros planetas aumentam, o potencial de detecção por civilizações extraterrestres também cresce. O próximo objetivo é aplicar esses modelos para buscar assinaturas tecnológicas em sistemas estelares próximos, que tenham orientações específicas e alinhamentos adequados para potencial detecção.
“Usando nossas próprias comunicações espaciais como um padrão, quantificamos como futuros buscadores de inteligência extraterrestre poderiam ser aprimorados, focando em sistemas com orientações e alinhamentos planetários particulares.”
(“Using our own deep space communications as a baseline, we quantified how future searchers for extraterrestrial intelligence could be improved by focusing on systems with particular orientations and planet alignments.”)— Jason Wright, Diretor, Penn State Extraterrestrial Intelligence Center
Essas descobertas oferecem pistas valiosas sobre onde a busca por vida extraterrestre inteligente deve se concentrar, ampliando nosso conhecimento sobre a exploração espacial e a possibilidade de comunicação com outros mundos.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)