Brasília — InkDesign News — Três operações da Polícia Federal, deflagradas em 28 de agosto de 2025, visam combater a lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. As ações resultaram em mais de 400 mandados judiciais cumpridos, com implicações em pelo menos oito estados.
Contexto jurídico
As operações Quasar e Tank, lideradas pela Polícia Federal, juntamente com a operação Carbono Oculto do Ministério Público de São Paulo, representam um esforço coordenado para desmantelar redes criminosas que utilizam a economia real para ocultar oriundos ilícitos. As investigações apontaram que os grupos criminosos movimentaram cerca de R$ 140 bilhões em atividades ilegais, resultando no bloqueio e sequestro de mais de R$ 3,2 bilhões em bens e valores.
Argumentos e precedentes
Os principais alvos dessas operações foram organizações que empregavam métodos sofisticados de lavagem de dinheiro através de fundos de investimento. “Hoje nós deflagramos uma das maiores operações da história contra o crime organizado, sobretudo em sua atuação no mercado legal. Atacamos, neste momento, no setor de combustíveis…”
(“Today we launched one of the largest operations in history against organized crime, especially in its operations in the legal market. We are attacking, at this moment, in the fuel sector…”)— Ricardo Lewandowski, Ministro da Justiça
O diretor geral da PF, Andrei Rodrigues, ressaltou a necessidade de “sincronização dessas ações”, evidenciando a colaboração entre diferentes órgãos para otimizar os resultados e minimizar prejuízos. A operação Carbono Oculto tem como foco desmantelar fraudes e sonegação fiscal, destacando a importância da inteligência financeira na identificação de fraudes que impactam o setor de combustíveis.
Impactos e desdobramentos
A magnitude das operações revela a infiltração do crime organizado na economia, afetando diretamente a concorrência leal entre postos de combustíveis. Andrea Chaves, subsecretária da Receita Federal, declarou que as fraudes alcançaram toda a cadeia produtiva, desde a importação até a venda ao consumidor final: “Percebemos, principalmente na operação Carbono Oculto, uma invasão do crime organizado na economia real e no mercado financeiro…”
(“We noticed, especially in the Carbono Oculto operation, an invasion of organized crime into the real economy and the financial market…”)— Andrea Chaves, Subsecretária de Fiscalização da Receita Federal
Os desdobramentos dessas operações podem promover uma reforma significativa no combate à lavagem de dinheiro e à atuação de organizações criminosas. A colaboração entre diferentes esferas de governo reflete um comprometimento coletivo na luta contra essa criminalidade. A eficácia das ações pode incentivar novas legislações que fortaleçam a cooperação entre órgãos e aprimorem as ferramentas disponíveis para a fiscalização.
Fonte: (Agência Brasil – Justiça)
