
Brasília — InkDesign News — O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius de Carvalho, anunciou em 8 de maio durante coletiva que a apuração sobre o escândalo de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) seguirá rigorosamente para responsabilizar todos os envolvidos, afirmação feita no contexto da Operação Sem Desconto.
Contexto político
A operação, conduzida em 23 de abril pela Polícia Federal e pela CGU, desvendou uma rede que teria cobrado indevidamente cerca de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024, envolvendo sindicatos e entidades associativas. O prejuízo patrimonial calculado na ação judicial contra 12 supostas entidades envolvidas alcança R$ 2.567.083.470,44, conforme monitoramento da Dataprev. A repercussão das fraudes culminou nas quedas do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
Reações e debates
“Da perspectiva da CGU, cabe apurar os processos de responsabilização da lei anticorrupção contra as entidades que tem essa suspeita de fraude e de estarem envolvidas em corrupção. Isso foi feito. E apurar e abrir os processos disciplinares contra os servidores públicos envolvidos, alguns são de competência da CGU e outros são de competência da AGU. Nós estamos fazendo tudo isso, abrimos esses processos, abrimos esses procedimentos aprobatórios para responsabilização e identificação dos culpados. Essa tarefa, vocês não tenham dúvida, vai ser cumprida, porque o nosso objetivo é investigar tudo isso profundamente e responsabilizar quem precisa ser responsabilizada. Doa a quem doer”, disse Carvalho.
— Vinicius de Carvalho, Ministro da Controladoria-Geral da União
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que fosse às últimas na apuração das responsabilidades, na busca dos responsáveis e que cuidasse dos nossos aposentados”.
— Wolney Queiroz, Ministro da Previdência Social
Além da CGU, a Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com ação judicial solicitando bloqueio de bens das 12 entidades acusadas, fortalecendo o combate ao esquema.
Desdobramentos e desafios
As investigações seguem em curso, com a CGU e AGU atuando em processos que buscam responsabilizar tanto pessoas jurídicas quanto servidores públicos. O desafio reside na complexidade do esquema e na necessidade de garantir que os direitos dos beneficiários sejam preservados, especialmente diante do impacto financeiro e social das fraudes. A continuidade da apuração poderá influenciar reformas na gestão do INSS e fortalecer mecanismos de controle em órgãos públicos, protegendo os cidadãos contra práticas ilícitas semelhantes.
As implicações dessas fraudes reforçam a necessidade de transparência e rigor na administração pública, visando restaurar a confiança da população nas instituições responsáveis pela previdência social.
Fonte: (CNN Brasil – Política)