
Brasília — InkDesign News — O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP) publicaram nesta segunda-feira (4) a cartilha Saúde Ocular na Infância, abordando cuidados imprescindíveis para a saúde ocular de crianças e adolescentes, como a prevenção de conjuntivite e orientações sobre uso de óculos.
Contexto e objetivos
A deterioração da saúde ocular tem se tornado uma preocupação crescente, especialmente em ambientes escolares e familiares. A cartilha visa fornecer diretrizes práticas a pais e educadores sobre a prevenção de problemas visuais e a promoção de uma visão saudável. O público-alvo inclui crianças e adolescentes, com enfase no cuidado contínuo e no acompanhamento clínico.
Metodologia e resultados
A cartilha apresenta informações estruturadas em seis seções, abrangendo tópicos como desenvolvimento visual, cuidados com condições comuns como conjuntivite e terçol, e orientações sobre a utilização responsável de telas. Para a conjuntivite viral, são recomendadas compressas frias e boa higiene, enquanto o terçol deve ser tratado com compressas mornas.
“Com o retorno às aulas, o material oferece a familiares e educadores orientações práticas e seguras para cuidar da visão das crianças e adolescentes”
(“With the return to classes, the material provides families and educators with practical and safe guidance for caring for children’s and adolescents’ vision.”)— CBO
Outro ponto relevante é o impacto do uso excessivo de telas, sugerindo que crianças evitem esse tipo de exposição antes dos 2 anos, e limitando o uso a até três horas diárias na adolescência. A prática da regra 20-20-20 é recomendada para aliviar o esforço visual.
Implicações para a saúde pública
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, aproximadamente 80% dos casos de cegueira infantil são evitáveis com diagnóstico precoce e intervenções adequadas. O CBO alerta que problemas de refração, como miopia e astigmatismo, afetam de 1,44% a 18,63% das crianças no Brasil, conforme a região e tipo de alteração visual.
“Quando não tratados, esses casos podem evoluir para quadros mais graves, como baixa visão ou até mesmo cegueira”
(“When untreated, these cases can evolve into more serious situations, such as low vision or even blindness.”)— CBO
A cartilha também destaca a necessidade de acompanhamento médico periódico, especialmente para aqueles que usam óculos ou lentes de contato, reforçando que muitas condições não apresentam sintomas claros inicialmente. A vigilância dos responsáveis é crucial.
As recomendações da cartilha e os dados alarmantes sobre saúde ocular apontam para a necessidade urgente de políticas de saúde pública que priorizem a educação e a prevenção. É fundamental que instituições educacionais e de saúde colaborem na implementação de melhores práticas.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)