
São Paulo — InkDesign News — O Ministério da Saúde lançou uma campanha em São Paulo nesta quinta-feira (25) para estimular a doação de órgãos, com o objetivo de reduzir a recusa familiar, que atinge 45% das famílias brasileiras.
Contexto e objetivos
A doação de órgãos é um aspecto crítico da saúde pública no Brasil, onde mais de 80 mil pessoas aguardam transplantes. A recusa familiar continua sendo a principal barreira à doação, refletindo não apenas insegurança, mas também a falta de comunicação entre os potenciais doadores e seus familiares. A campanha visa incentivar diálogos abertos sobre a doação, destacando a importância de comunicar a vontade de ser um doador em vida.
Metodologia e resultados
A campanha foi lançada no Hospital do Rim, em São Paulo, pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Entre os principais recursos da campanha está a portaria que estabelece a Política Nacional de Doação e Transplantes, descrita pela primeira vez desde 1997. Padilha afirmou:
“Quando um profissional de saúde vier conversar com a família para fazer essa doação, saiba que esse profissional de saúde tem todo o reconhecimento não só nacional, mas internacional de um programa extremamente seguro.”
(“When a healthcare professional comes to talk to the family about this donation, know that this healthcare professional has all the recognition not only nationally but internationally of an extremely safe program.”)— Alexandre Padilha, Ministro da Saúde
Os dados de transplantes no Brasil são promissores; o país ocupa a terceira posição mundial em número absoluto de procedimentos e lidera o ranking de transplantes realizados em sistemas públicos. Apesar de 14,9 mil transplantes terem sido realizados apenas no primeiro semestre de 2023, a recusa familiar pode ter limitado ainda mais esses números.
Implicações para a saúde pública
A iniciativa do Ministério da Saúde não apenas busca aumentar as doações, mas também deseja reafirmar a segurança e seriedade do Programa Nacional de Transplantes. A nova Política Nacional promete modernizar as diretrizes, incluindo a regulamentação de transplantes de intestino delgado e o uso de membranas amnióticas para tratamento de queimaduras, facilitando o acesso a esses recursos dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Padilha ainda observou:
“A nova política e o regulamento técnico representam um avanço importante para o Sistema Nacional de Transplantes.”
(“The new policy and technical regulations represent an important advance for the National Transplant System.”)— Alexandre Padilha, Ministro da Saúde
A campanha será promovida até o Dia Nacional da Doação de Órgãos, em 27 de setembro, e enfatiza a frase: “Doação de Órgãos. Você diz sim, o Brasil inteiro agradece. Converse com a sua família, seja um doador.”
O sucesso dessa campanha pode ter um impacto significativo na redução da lista de espera, promovendo uma mudança cultural em relação à doação de órgãos no Brasil.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)