
Brasília — InkDesign News — O Ministério da Saúde deu início a uma nova mobilização nacional para o enfrentamento da sífilis, lançando a Campanha Nacional de Enfrentamento à Sífilis, na última quinta-feira (16). Com o lema “Sífilis tem cura – Faça o teste, trate-se e previna-se”, a iniciativa enfatiza a importância da prevenção, testagem e tratamento da doença, todos acessíveis através do Sistema Único de Saúde (SUS).
Contexto e objetivos
A sífilis representa um grave problema de saúde pública no Brasil, com a notificação de 256 mil casos de sífilis adquirida e 89 mil casos em gestantes em 2024. Diante desse cenário, a campanha tem como público-alvo principal jovens de 15 a 30 anos, gestantes e seus parceiros sexuais. O programa busca utilizar uma linguagem leve e acessível para incentivar o autocuidado, sobretudo durante o mês de Outubro Verde, dedicado à conscientização sobre a sífilis.
Metodologia e resultados
A campanha inclui uma série de webinários abertos ao público, realizados às quartas-feiras, que discutirão temas como diagnóstico, manejo clínico, prevenção e vigilância. A pasta anunciou que, em 2025, expandiu o acesso ao teste rápido combo HIV/sífilis. Em termos de quantidade, a oferta desse exame aumentou em mais de 40%, totalizando 6,5 milhões de unidades, com um investimento de R$ 9,2 milhões. A simplicidade do teste, que é rápido e gratuito, permite o início imediato do tratamento, essencial para interromper a transmissão, especialmente durante a gestação.
“O exame é simples, rápido e gratuito, e permite o início imediato do tratamento — essencial para interromper a transmissão, inclusive durante a gestação”
(“The exam is simple, quick, and free, allowing for immediate initiation of treatment — essential to stop transmission, including during pregnancy.”)— Ministério da Saúde
Implicações para a saúde pública
Os dados epidemiológicos do Boletim Epidemiológico de Sífilis 2025 revelam uma redução de 2.093 casos da doença nos últimos três anos, mas ainda assim, 183 óbitos foram registrados devido à infecção. O estado do Rio de Janeiro reportou a maior taxa de detecção de sífilis em gestantes, enquanto Tocantins liderou em sífilis congênita, o que ressalta a necessidade urgente de campanhas de conscientização e diagnóstico.
Ainda assim, “ao longo de 2024, foram notificados 256 mil casos de sífilis adquirida, 89 mil casos de sífilis em gestantes e 24 mil casos de sífilis congênita”
(“Nevertheless, over the course of 2024, 256,000 cases of acquired syphilis, 89,000 cases of syphilis in pregnant women, and 24,000 cases of congenital syphilis were reported.”)— Boletim Epidemiológico de Sífilis 2025
O impacto dessa campanha poderá não apenas reduzir a incidência da sífilis, mas também fortalecer a conscientização sobre a importância da testagem e do tratamento, tornando-se um passo significativo na luta contra doenças sexualmente transmissíveis.
Além disso, é fundamental que políticas públicas contemplem iniciativas de educação em saúde e facilitem o acesso ao diagnóstico e tratamento, principalmente em áreas com maior vulnerabilidade.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)