
São Paulo — InkDesign News — Em uma recente entrevista à TV Brasil, Rodolpho Heck Ramazzinio, diretor de comunicação da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), revelou que o metanol, utilizado pelo crime organizado na adulteração de combustíveis, pode ter sido desviado para distribuidoras clandestinas de bebidas, explicando os crescentes casos de intoxicação no estado de São Paulo.
Contexto e objetivos
A intoxicação por metanol representa um grave problema de saúde pública, especialmente no estado de São Paulo, onde foram confirmados seis casos desde junho deste ano, resultando em três mortes. A meta deste estudo é identificar a origem do metanol e os impactos na saúde da população, visando prevenir novos episódios de intoxicação associados a bebidas adulteradas.
Metodologia e resultados
Conforme Ramazzinio, o redirecionamento de metanol ocorreu após a Operação Carbono Oculto, que desmantelou um esquema de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. Ele destacou que as empresas ilegais estão contaminando o mercado de bebidas, levando riscos à saúde. “Os caras fazem isso para ganhar volume, ganhar a escala, eles não estão nem aí com a saúde de ninguém”, disse.
De acordo com o Anuário da Falsificação da ABCF 2025, o setor de bebidas teve perdas estimadas em R$ 88 bilhões em 2024, o que incluiu tanto a sonegação de tributos quanto as perdas de faturamento das indústrias legalizadas.
Implicações para a saúde pública
A situação atual gera preocupações significativas para a saúde pública, uma vez que as bebidas de origem clandestina podem conter toxinas perigosas. O Centro de Vigilância Sanitária (CVS) alerta os consumidores sobre os riscos associados ao consumo de produtos sem procedência confiável. “A recomendação do CVS é que bares, empresas e demais estabelecimentos redobrem a atenção quanto à procedência dos produtos oferecidos”, afirmou um representante da instituição.
À medida que mais casos são investigados, a necessidade de uma resposta governamental robusta se torna premente. Estratégias de fiscalização e conscientização sobre os riscos do consumo de bebidas adulteradas devem ser implementadas para proteger a saúde da população.
Concluindo, é essencial que o governo e as instituições de saúde intensifiquem os esforços para eliminar o comércio ilegal de bebidas, garantindo que produtos seguros e regulados sejam disponibilizados à população.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)