
Brasília — InkDesign News — O aumento do consumo de cigarros eletrônicos no Brasil: um desafio crescente para a saúde pública
Apesar da proibição estabelecida em 2009, o uso de cigarros eletrônicos, conhecidos como vapes, tem aumentado significativamente no Brasil. Pesquisa revela que o número de usuários cresceu 600% nos últimos seis anos, atingindo quase 3 milhões de pessoas entre 18 e 64 anos.
Contexto e objetivos
O consumo de cigarros eletrônicos representa uma preocupação emergente em saúde pública, especialmente entre os jovens. Estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que um em cada seis adolescentes, com idades entre 13 e 17 anos, já experimentou esses dispositivos. A meta do programa de saúde pública se concentra na conscientização dos riscos associados ao uso de cigarros eletrônicos, principalmente entre a população jovem, que tende a ser mais atrativa para essas substâncias.
Metodologia e resultados
As investigações sobre o uso de vapes no Brasil foram realizadas através de pesquisas quantitativas, destacando a faixa etária predominante entre os usuários. Segundo dados do Ministério da Saúde, jovens de 15 a 24 anos representam 70% dos consumidores. Mônica Andreis, psicóloga e diretora-geral da ACT Promoção da Saúde, esclarece:
“Vape é um tipo de produto fumígeno que é operado com uma bateria. Muitas vezes, são substâncias sintéticas, como nicotina sintética ou substâncias do próprio tabaco.”
(“Vape is a type of smoking product that is battery-operated. Often, they are synthetic substances, such as synthetic nicotine or substances from tobacco itself.”)— Mônica Andreis, Psicóloga, ACT Promoção da Saúde
Durante os exames, a usuária Laura Beatriz Nascimento relata ter migrado para o cigarro eletrônico como uma alternativa ao cigarro convencional, afirmando que
“acreditava que o uso do cigarro eletrônico me ajudaria a parar de fumar, mas acabei consumindo ainda mais.”
(“I believed that using the electronic cigarette would help me quit smoking, but I ended up consuming even more.”)— Laura Beatriz Nascimento, Usuária de Vape
Implicações para a saúde pública
A proibição do uso de cigarros eletrônicos no Brasil continua, mas novas propostas legislativas para regulamentação estão em discussão no Senado. Stefania Schimaneski Piras, gerente-geral de Produtos do Tabaco, destaca preocupações sobre a atratividade desses dispositivos para jovens:
“Eles são muito atrativos para crianças e adolescentes.”
(“They are very attractive to children and adolescents.”)— Stefania Schimaneski Piras, Gerente-Geral de Produtos do Tabaco, ANVISA
A discussão sobre cigarro eletrônico e sua possível regulamentação ainda permanece polêmica entre especialistas, com opiniões divergentes em relação à suposta redução de danos oferecida por esses produtos.
O aumento alarmante no uso de cigarros eletrônicos, especialmente entre a juventude, apresenta um desafio importante para as autoridades de saúde e demanda a implementação de estratégias educacionais eficazes e rigorosas políticas de controle do tabaco.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)