
Brasília — InkDesign News — O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (27) o repasse de R$ 825 milhões para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) em 49 municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo, afetados pelo rompimento da Barragem de Fundão em 2015.
Contexto e objetivos
O desastre ambiental em Mariana, Minas Gerais, resultou em impactos severos na saúde pública dos municípios ao longo da bacia do Rio Doce. Os recursos destinados visam a ampliação da infraestrutura hospitalar, laboratórios de saúde pública, e unidades de atendimento, com projetos estruturais que planejam beneficiar diretamente a população afetada pelo acidente.
Metodologia e resultados
A primeira etapa dos repasses será implementada mediante a apresentação dos planos de ação pelos gestores locais, com aplicação dos recursos até o final de 2026. Além do montante já mencionado, outros R$ 400 milhões serão investidos na construção de pelo menos 60 unidades de atendimento. “Será a maior e melhor pesquisa sobre acidentes e crimes ambientais de impacto na saúde e no meio ambiente que o mundo já realizou. Não tenho dúvidas da qualidade da Fundação Oswaldo Cruz para coordenar essa rede de pesquisas”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Implicações para a saúde pública
Esta intervenção é parte do novo Acordo da Bacia do Rio Doce, que prevê o pagamento total de R$ 12 bilhões por empresas responsáveis pelo desastre. O Ministério da Saúde destinará R$ 3,6 bilhões para medidas que vão desde a melhoria da infraestrutura de saúde até a capacitação profissional dos trabalhadores locais. “Os R$ 8,4 bilhões restantes serão depositados em um fundo perpétuo, que garantirá a manutenção e sustentabilidade das ações do SUS a médio e longo prazo nas cidades afetadas”, informou a pasta.
Os municípios beneficiados incluem cidades como Mariana, Ipatinga e Governador Valadares, que, ao longo dos anos, têm enfrentado altos índices de doenças relacionadas à contaminação ambiental. A expectativa é de que o financiamento e as pesquisas promovam uma mudança notável na saúde pública, com ênfase em monitoramento contínuo e intervenções específicas.
O fortalecimento do SUS nestas regiões e a estruturação de unidades de saúde são passos essenciais para mitigar os efeitos do desastre e promover a recuperação a longo prazo.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)