
Rio de Janeiro — InkDesign News — A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro iniciou, a partir de 4 de setembro, a ampliação da faixa etária para vacinação contra o HPV, com o objetivo de vacinar 90% dos jovens entre 15 e 19 anos que ainda não receberam o imunizante.
Contexto e objetivos
O HPV, ou Papilomavírus Humano, é a infecção sexualmente transmissível mais comum globalmente, com mais de 200 tipos conhecidas, algumas das quais podem levar ao câncer. A iniciativa do governo visa reduzir as taxas de infecção e prevenir o câncer, focando em adolescentes e jovens adultos que não foram vacinados nas faixas etárias anteriores, que eram limitadas a crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. O público-alvo compreende aproximadamente 520 mil pessoas em todo o estado, demonstrando a urgência da ação governamental.
Metodologia e resultados
O novo protocolo sugere que todos os jovens de 15 a 19 anos sejam vacinados antes do final do ano, seguindo recomendações do Ministério da Saúde. Um estudo recente na Inglaterra indicou que a vacinação pode reduzir as taxas de câncer de colo do útero em até 87%. A estratégia de mobilização inclui a colaboração entre a rede de saúde e as instituições de educação, visando o alcance do maior número de indivíduos possível. Cláudia Mello, secretária de Estado de Saúde, enfatiza:
“Nosso foco é proteger adolescentes e jovens adultos que não tiveram a oportunidade de se vacinar na idade recomendada. O HPV é uma ameaça silenciosa, mas a vacina é segura, eficaz e gratuita. Queremos mobilizar toda a rede de saúde e educação para alcançar o maior número de pessoas possível.”
(“Our focus is to protect adolescents and young adults who did not have the opportunity to be vaccinated at the recommended age. HPV is a silent threat, but the vaccine is safe, effective, and free. We want to mobilize the entire health and education network to reach as many people as possible.”)— Cláudia Mello, Secretária de Estado de Saúde, Rio de Janeiro
Implicações para a saúde pública
Essas medidas têm um potencial significativo para impactar a saúde pública, especialmente entre os segmentos mais vulneráveis, como jovens com imunossupressão, que podem receber a vacina até os 45 anos. A combinação da vacinação com o uso de preservativos é fundamental na estratégia de prevenção. A vacinação é recomendada para meninos e meninas a partir dos 9 anos e se torna uma ferramenta crucial para garantir a saúde sexual e reprodutiva da população. O papel dos exames preventivos, como o Papanicolau, é igualmente vital na detecção precoce de lesões causadas pelo HPV.
Esta iniciativa governamental reflete uma abordagem proativa na luta contra o HPV, preparando o terreno para políticas de saúde que visam a prevenção e o bem-estar da população jovem.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)