
Brasília — InkDesign News — A cada dez minutos, um caso de autoagressão envolvendo adolescentes entre 10 e 19 anos é registrado no Brasil, de acordo com dados recentes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Em um contexto alarmante, a entidade enfatiza a importância de uma postura de acolhimento e escuta ao lidar com essa faixa etária vulnerável.
Contexto e objetivos
A saúde mental dos adolescentes no Brasil apresenta um panorama preocupante. A pesquisa realizada durante o mês de setembro, dedicado à prevenção do suicídio, busca destacar a questão da autoagressão, um fenômeno crescente entre jovens. O estudo se propõe a oferecer uma compreensão sólida sobre a incidência deste problema e informar responsáveis, educadores e profissionais de saúde sobre sinais de alerta, visando uma intervenção precoce.
Metodologia e resultados
O levantamento foi elaborado com base no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), que capta dados de registros provenientes da rede de atenção à saúde e, em algumas localidades, de escolas e centros de assistência social. A análise revelou que, nos últimos dois anos, a média de atendimentos diários relacionados a violações autoprovocadas atingiu 137.
“Isso significa que a realidade pode ser ainda mais preocupante do que os números oficiais indicam”, avaliou a SBP.
(“This means that the reality may be even more concerning than the official figures suggest.”)— Sociedade Brasileira de Pediatria
Em números absolutos, a região Sudeste é responsável por quase metade das notificações, com o Estado de São Paulo liderando as estatísticas.
Implicações para a saúde pública
A crescente incidência de casos de autoagressão e tentativas de suicídio entre adolescentes indica a necessidade urgente de estratégias de saúde pública mais eficazes. O acompanhamento de saúde deve ser ampliado, com um foco especial na saúde mental. O apoio familiar e educacional é crucial para a prevenção de crises. A SBP destaca que “A adolescência é um período de intensas mudanças, marcado por busca de identidade, maior sensibilidade a pressões externas e vulnerabilidade emocional.”
Assim, é essencial que os pais, responsáveis e educadores estabeleçam um canal de comunicação aberto com os jovens. Além disso, a SBP recomenda que profissionais de saúde realizem intervenções preventivas nas consultas médicas, permitindo a identificação precoce de sinais de alerta.
Recomenda-se a adoção de políticas públicas que promovam a saúde mental e o acolhimento, com um olhar atento à realidade dos adolescentes brasileiros. As evidências coletadas ressaltam a urgência de apoiar essa faixa etária com intervenções que levem em conta a complexidade do seu contexto emocional e social.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)