
São Paulo — InkDesign News — A crescente atividade militar russa no espaço está gerando preocupações, com a afirmação de que o Reino Unido está sendo alvo de operações regulares contra seus satélites militares. Isso foi revelado pelo Major General Paul Tedman, chefe do Comando Espacial do Reino Unido, em uma entrevista à BBC, onde declarou que os satélites russos estão engajados em uma prática conhecida como “shadowing” ou “sombreamento”.
Detalhes da missão
De acordo com Tedman, os satélites russos estão realizando operações semanais de “sombreamento” em relação aos satélites britânicos. Esta prática envolve a órbita e o alinhamento de um satélite próximo ao alvo, o que possibilita interferir nas comunicações e interceptar sinais. Ele indicou que esses satélites possuem “cargas úteis a bordo que podem observar nossos satélites e tentar coletar informações deles”. Além de isso, foi confirmado que o bloqueio de sinais de satélites militares britânicos está em curso.
Tecnologia e objetivos
A tecnologia de jamming utiliza sinais na mesma frequência que os usados pelos satélites para interromper comunicações. Esse tipo de interferência não causa danos físicos aos satélites, permitindo a restauração das comunicações assim que o sinal de jamming cessar. Outras táticas, como o uso de lasers para deslumbrar sensores ópticos de satélites, também têm se tornado uma preocupação. Essa abordagem interfere com a eletrônica sem causar danos permanentes.
A prática de “shadowing” envolve não apenas jamming, mas também possíveis ataques com mísseis de ascensão direta, que podem destruir satélites em órbita.
(“shadowing”)— Major General Paul Tedman, Comando Espacial do Reino Unido
Próximos passos
Diante dessas ameaças, o governo britânico aumentou o investimento em projetos de segurança espacial, destinando £500.000 para desenvolver sensores que combatam lasers e criando a plataforma Borealis, destinada a monitorar e proteger satélites críticos. Além disso, houve um aumento no investimento em colaborações internacionais, como a contribuição de €163 milhões na Eutelsat, que fornece internet via satélite e se posiciona como uma alternativa ao sistema Starlink de Elon Musk.
Adversários têm diversificado as formas de interromper satélites, com jamming, lasers e ciberataques se tornando comuns.
(“have diversified methods of disrupting satellites”)— Major General Vincent Chusseau, Comando Espacial Francês
A crescente tensão no espaço destaca a importância da segurança orbital, especialmente à medida que mais países investem em capacidades antissatélites. essas tecnologias emergentes são fundamentais para proteger as operações espaciais do futuro e garantir a continuidade da comunicação e da exploração espacial.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)