Microsoft revela planos secretos da Walmart para AI após protesto

São Paulo — InkDesign News — O recente evento da conferência anual Build da Microsoft foi manchado por protestos em relação às alianças da empresa com o governo israelense, revelando não apenas tensões políticas, mas também falhas operacionais durante uma apresentação sobre práticas de segurança em inteligência artificial.
Contexto e lançamento
As repercussões da crise humanitária em Gaza têm mobilizado um crescente ativismo entre profissionais de tecnologia. O protesto liderado pela organização No Azure for Apartheid durante a conferência refletiu uma ampla insatisfação com o envolvimento da Microsoft em contratos com o governo israelense, desencadeando manifestações intensas. Hossam Nasr e Vaniya Agrawal, ex-engenheiros da Microsoft, interromperam a apresentação de Neta Haiby e Sarah Bird, questionando as práticas corporativas da empresa.
Design e especificações
Durante a apresentação, os protestos foram suficientemente disruptivos para que a transmissão ao vivo fosse silenciada. Ao tentar retomar a apresentação, Haiby cometeu um erro que revelou mensagens confidenciais sobre a expansão da inteligência artificial na Walmart, incluindo detalhes sobre a agradação em integração com a plataforma Entra Web da Microsoft. Um das mensagens indicava que “a Walmart está pronta para avançar com Entra Web e AI Gateway.” Com essa revelação, a Microsoft teve suas operações expostas a um novo nível de escrutínio.
Repercussão e aplicações
A reação à interrupção foi imediata. Nasr declarou: “Sarah, você está branquando os crimes da Microsoft na Palestina, como você ousa falar sobre inteligência artificial responsável quando a Microsoft está alimentando o genocídio na Palestina!”
(“Sarah, you are whitewashing the crimes of Microsoft in Palestine, how dare you talk about responsible AI when Microsoft is fueling the genocide in Palestine!”)— Hossam Nasr, Ex-Engenheiro, Microsoft
As reações da comunidade tech foram diversas, com muitos apoiando a protestos e destacando a necessidade de ética tecnológica. Em resposta à crítica, a Microsoft afirmou que não encontrou evidências de que seus produtos tenham causado danos em Gaza, mas os críticos argumentam que a empresa contribui indiretamente para a infraestrutura militar israelense.
Por fim, o futuro das relações entre grandes corporativas de tecnologia e suas responsabilidades sociais é incerto. A intensificação do ativismo dentro das empresas sugere um cenário em que os trabalhadores questionam cada vez mais o papel ético de seus projetos e produtos nas geopolíticas globais.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)