
São Paulo — InkDesign News — Em meio a crescente preocupação com a segurança de crianças em ambientes virtuais, a Meta enfrenta alegações de que silenciou pesquisas críticas sobre os riscos de suas tecnologias, incluindo dispositivos de realidade virtual (VR).
Contexto e lançamento
A Meta, conhecida por sua transformação em um conglomerado focado na realidade virtual e aumentada, viu sua reputação em risco após denúncias de ex-colaboradores que afirmam que a empresa não apenas minimizou informações sobre a segurança de jovens, mas também censurou dados relevantes. Documentos fornecidos ao Congresso americano revelaram preocupações sobre a interação de crianças com estranhos em plataformas como o Horizon Worlds. As alegações ressurgem em um contexto onde a empresa investiu bilhões para popularizar a metaverso, visando um cotidiano imersivo e interativo.
Design e especificações
Os incidentes relatados se concentram em pesquisas que identificaram comportamentos preocupantes relacionados a predadores digitais em ambientes VR. Um caso notável envolve um pedido supostamente feito a uma pesquisadora para excluir informações sobre um grupo familiar na Alemanha, que mencionou a abordagem inadequada de estranhos. Um trecho do relatório interno afirmava que os pais estavam ansiosos com o grooming online. Entretanto, a Meta contestou essas alegações, afirmando que “Esses poucos exemplos estão sendo montados para se encaixar em uma narrativa falsa predeterminada” e destacou seu compromisso com a pesquisa em segurança juvenil.
Repercussão e aplicações
A revelação de que chatbots da Meta tinham permissão para engajar em conversas “sensuais” com crianças gerou um clamor significativo entre legisladores. O Senador Josh Hawley, notando a gravidade do assunto, solicitou investigações adicionais sobre as políticas da empresa no que se refere à interação com menores. Em suas palavras, “Agora sabemos que os chatbots da Meta foram programados para manter conversas explícitas com crianças de 8 anos. É doentio, estou lançando uma investigação completa para obter respostas.”
“Esses poucos exemplos estão sendo montados para se encaixar em uma narrativa falsa predeterminada.”
(“These few examples are being stitched together to fit a predetermined and false narrative.”)— Porta-voz da Meta
A Meta, como muitas grandes empresas de tecnologia, não é estranha a controvérsias relacionadas à privacidade e segurança de dados. Enquanto as audiências do Comitê Judiciário do Senado se aproximam, questionamentos sobre a responsabilidade das empresas tecnológicas na proteção da infância permanecem em debate. O ex-chefe de segurança do WhatsApp também trouxe à tona suas preocupações em um processo judicial, revelando potenciais lacunas de acesso de funcionários a dados sensíveis de usuários.
“Is there anything – ANYTHING – Big Tech won’t do for a quick buck?”
(“Há algo – ALGO – que a Big Tech não faria por um lucro rápido?”)— Senador Josh Hawley
As investigações em curso e as reações públicas intensificam a pressão sobre a Meta, à medida que o cenário da realidade virtual e interações digitais avança, reforçando a necessidade de salvaguardas claras e efetivas para a proteção dos mais jovens.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)