
São Paulo — InkDesign News — Na última quinta-feira (15), os contratos futuros de petróleo registraram queda significativa. A pressão veio após declarações do presidente Donald Trump sobre um potencial acordo nuclear com o Irã, que ameaça impactar o mercado global de petróleo.
Panorama econômico
O cenário global apresenta um mix de incertezas e expectativas. A possibilidade de um acordo nuclear entre os EUA e o Irã intensificou a volatilidade no mercado de petróleo, com o preço do barril WTI caindo para US$ 61,62 e o Brent para US$ 64,53. Este recuo reflete uma dinâmica de oferta e demanda que é constantemente ajustada pelas sanções existentes e pela política da Opep.
Indicadores e análises
Os contratos futuros de petróleo na New York Mercantile Exchange (Nymex) mostraram uma queda de 2,42%, enquanto o Brent na Intercontinental Exchange (ICE) recuou 2,36%. A desvalorização ocorre mesmo com a negativa do Irã sobre novas propostas dos EUA, onde um oficial afirmou que a aceitação de exportar urânio enriquecido está condicionada a uma suspensão “verificável e eficaz” das sanções norte-americanas. Adicionalmente, a Agência Internacional de Energia (IEA) revisou suas projeções de demanda, prevendo um crescimento modesto, influenciado pela menor pressão das tarifas dos EUA.
Impactos e previsões
As recentes decisões da Opep de aumentar a produção e a constante vigilância sobre os níveis de produção do Iraque e Casaquistão geram preocupações sobre uma possível saturação do mercado. “Se quisessem manter a credibilidade, eles teriam de mudar a meta, e provavelmente foi isso que fizeram”, comentou Vincent Deluard, diretor de estratégia macro da StoneX. Essas questões podem impactar diretamente a economia global e os consumidores, com previsões que apontam para uma possível desaceleração na demanda no curto prazo, embora analistas descartem uma guerra de preços iminente.
As próximas semanas serão cruciais para observar como as negociações e decisões políticas influenciarão as cotações do petróleo e a estabilidade do mercado, especialmente diante da expectativa de reações tanto do Irã quanto da Opep.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)