
São Paulo — InkDesign News — As taxas dos DIs sofreram ajustes técnicos no encerramento desta semana, enquanto o mercado reagiu à reversão do governo Lula em algumas medidas de aumento de IOF na última sexta-feira, 23 de setembro de 2023.
Panorama econômico
Após uma semana de forte pressão nas taxas de juros, o cenário foi marcado por uma leve desaceleração nos prazos mais curtos e um sutil aumento nas taxas mais longas. No contexto global, a incerteza em relação ao crescimento econômico dos EUA permanece, impactando a expectativa do mercado sobre juros. O governo anunciou mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que, após reações adversas, foram parcialmente revertidas, enfatizando a necessidade de um equilíbrio entre a arrecadação e estímulos à economia.
Indicadores e análises
No fechamento da última sexta-feira, a taxa do DI para janeiro de 2026 estava fixada em 14,74%, mantendo-se estável em relação ao ajuste anterior. A taxa para janeiro de 2027, por sua vez, recuou 2 pontos-base, valendo 14%. Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 registrou 13,84%, um aumento em relação a 13,792%, enquanto a de janeiro de 2033 foi de 13,91%, contra 13,87% do ajuste anterior. O governo anunciou, na quinta-feira, um aumento do IOF que gerou incerteza no mercado, levando a um aumento das taxas de juros antes que as reversões fossem comunicadas.
Impactos e previsões
Os efeitos das mudanças no IOF foram significativos. O economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, avaliou que “o IOF é um imposto arrecadatório, que deveria ser usado para estimular ou desestimular, e não para arrecadar” (“the IOF is a revenue tax that should be used to stimulate or discourage, not just to collect”). A pressão resultante das novas taxas e da reação do governo indicam um movimento em busca de maior estabilidade fiscal, conforme evidenciado pela contenção de R$ 31,3 bilhões nos gastos. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, ressaltou a rapidez na reversão das medidas, favorecendo um ambiente mais calmo no mercado. “Cabe a todos nós reconhecer a tempestividade e a agilidade com que o Ministério da Fazenda atuou” (“everyone needs to recognize the timeliness and agility with which the Ministry of Finance acted”) — disse Galípolo em um evento da Fundação Getulio Vargas.
Os desdobramentos da política fiscal e monetária nos próximos meses, especialmente em relação à manutenção ou elevação da taxa Selic, continuam incertos, enquanto os investidores monitoram novas direções no mercado.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)