Machine learning revela descompasso entre desejos e habilidades

São Paulo — InkDesign News —
A pesquisa sobre machine learning e inteligência artificial (IA) da Stanford University revela um descompasso significativo entre os desejos dos trabalhadores e as capacidades atuais da tecnologia. A análise mostra que, enquanto os trabalhadores buscam automação, muitos temem a perda de empregos e a falta de supervisão humana.
Contexto da pesquisa
Conduzido pelo Stanford Institute for Human-Centered AI e o Digital Economy Lab, o estudo levantou dados de 1.500 trabalhadores nos EUA e 52 especialistas em IA. A pesquisa explorou a dinâmica entre automação e as funções que poderiam ser aprimoradas ou prejudicadas pelo uso de IA.
Método proposto
A abordagem envolveu a aplicação de questionários e entrevistas para mapear tarefas em quatro zonas: Zona Verde (alta automação desejada e capaz), Zona Vermelha (baixa desejo e alta capacidade), Zona de Oportunidade de P&D (alta desejo, baixa capacidade) e Zona de Baixa Prioridade (baixa desejo e baixa capacidade). As características das tarefas foram avaliadas em relação às capacidades atuais da IA.
Resultados e impacto
Os resultados indicam que 45% dos trabalhadores expressaram dúvidas sobre a precisão dos sistemas de IA, enquanto 23% temiam a perda de emprego. Contudo, 69,4% veem valor na automação para liberar tempo para tarefas de maior valor, e 46,6% desejam reduzir a repetitividade nas tarefas. Os pesquisadores ressalvaram a necessidade de intensificar os esforços de pesquisa em tarefas na Zona de Oportunidade de P&D, destacando que a maioria das tarefas se encontra nas zonas de baixa prioridade, revelando um uso ineficaz da IA atualmente.
A pesquisa mostra que “os agentes de IA podem desempenhar um papel de suporte no local de trabalho, aliviando os trabalhadores de tarefas de baixo valor ou tediosas, em vez de deslocá-los.”
(“AI agents can play a supportive role in the workplace, relieving workers of low-value or tedious tasks rather than displacing workers.”)— Erik Brynjolfsson, Autor e Diretor, Stanford Digital Economy Lab
O estudo também sugere uma mudança nas habilidades valorizadas no mercado de trabalho, com um declínio esperado nas habilidades de análise de dados, enquanto habilidades de interação e coordenação humana estarão em alta demanda. Esses insights são essenciais para a compreensão de como a integração da IA pode moldar as competências no ambiente de trabalho.
As futuras aplicações da pesquisa incluem a necessidade de agora se concentrar na evolução dos sistemas de IA que atendem às expectativas dos trabalhadores, permitindo uma colaboração mais eficaz e ética entre humanos e máquinas.
Fonte: (TechXplore – Machine Learning & AI)