
Pesquisas recentes indicam que o uso de machine learning e AI no recrutamento não garante diversidade nos processos de contratação, evidenciando a necessidade de abordagens estratégicas para maximizar os benefícios dessas tecnologias.
Contexto da pesquisa
A pesquisa realizada pela Universidade da Austrália do Sul revela que, embora as ferramentas de inteligência artificial (AI) estejam se tornando comuns na área de recursos humanos (RH), sua utilização isolada não promove melhorias significativas em diversidade e inclusão nas contratações.
Método proposto
A abordagem usada envolveu estudos que avaliaram como as ferramentas de AI podem impactar decisões de contratação em relação à diversidade, focando em atingir cotas de gênero e diversidade racial. A pesquisa utilizou métodos quantitativos e qualitativos, analisando dados de contratações anteriores e aplicando métricas de desempenho para avaliar a eficiência das ferramentas empregadas.
Resultados e impacto
A diversidade só melhora quando o sistema de AI pode explicar suas decisões em termos de diversidade, quando a contratação se concentra em objetivos qualitativos e não apenas em números, e quando uma organização possui diretrizes claras sobre diversidade.
— Connie Zheng, Professora Associada, Universidade da Austrália do Sul
As descobertas apontam que a simples implementação de uma ferramenta de AI não substitui a necessidade de consciência organizacional sobre diversidade e justiça. O foco na eficiência pode obscurecer a importância da inclusão. A pesquisa destaca que muitas organizações estão preocupadas com os dados enviesados e a integridade de suas equipes de RH, apesar de reconhecê-las como uma forma de economizar custos ao processar grandes volumes de candidaturas.
Este estudo sugere que, para os próximos passos, as empresas devem considerar a formação em diversidade e inclusão, além de integrarem diretrizes claras em suas práticas de contratação, para garantir que as ferramentas de AI contribuam realmente para um ambiente de trabalho mais igualitário.
Fonte: (TechXplore – Machine Learning & AI)