Brasília — InkDesign News —
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já contabiliza mais de três meses fora do Brasil durante seu terceiro mandato, conforme levantamento da CNN Brasil. Em um total de 46 viagens internacionais, Lula passou 97 dias com compromissos oficiais no exterior, número que sobe para 126 dias ao incluir o tempo dedicado exclusivamente ao deslocamento.
Contexto político
O levantamento considera “viagem internacional” toda alteração de país no itinerário do presidente, com destaque para Rússia e China como viagens distintas em sua mais recente agenda externa. Lula visitou mais intensamente o Uruguai, com quatro deslocamentos nos últimos dois anos, seguido pelos Estados Unidos, visitados em duas ocasiões. A maioria das viagens ocorreu em 2023, o primeiro ano do mandato, com 25 deslocamentos realizados naquele período. Internamente, o presidente realizou 120 viagens em 23 estados brasileiros, tendo São Paulo (28), Rio de Janeiro (18) e Bahia (10) como os destinos mais frequentes. Acre, Rondônia e Tocantins são os únicos estados ainda não visitados por Lula nesta gestão.
Reações e debates
Sob críticas da oposição relativas à frequência com que se ausentava do país, Lula afirmou que mudaria o foco em 2024 para “rodar o Brasil”, tendo cumprido a missão de recuperar a imagem internacional do país. Este posicionamento sinaliza um reposicionamento estratégico, buscando fortalecer sua presença nacional diante do cenário político interno.
“Rodar o Brasil em 2024, já que a missão de ‘recuperar a imagem’ do país internacionalmente havia sido cumprida.”
— Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
Na agenda internacional, os deslocamentos de Lula têm foco em acordos comerciais e diplomacia, como sua recente viagem à China, visando protagonismo no chamado “Sul Global”.
“O mais recente período de Lula no exterior considera Rússia uma viagem e China, outra, reforçando o empenho em acordos comerciais e diplomáticos.”
— Análise CNN Brasil
Desdobramentos e desafios
Nos próximos dias, Lula manterá forte presença nacional com visitas a São Paulo e Rio de Janeiro, participando de eventos importantes como a reinauguração do Palácio Capanema e o lançamento do curso de Medicina do Hospital Sírio-Libanês, respectivamente. Essas ações podem ser vistas como parte de uma estratégia para consolidar apoio interno após meses focados na política externa.
O desafio para o governo está em equilibrar a agenda internacional robusta com a necessidade de intensificar a interlocução regional e a governança doméstica, sobretudo em estados ainda não visitados e em áreas críticas.
O total de 142 dias fora de Brasília, entre viagens nacionais e internacionais, demonstra a amplitude da atuação do presidente, indicando que o exercício do mandato equilibra esforços entre política externa e presença territorial.
Fonte: (CNN Brasil – Política)
