
Pequim, China — InkDesign News — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou de Moscou, Rússia, nesse sábado (10), rumo a Pequim para participar do Fórum China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos). A agenda inclui um novo encontro bilateral com o presidente chinês, Xi Jinping, com foco em ampliar cooperações estratégicas em comércio, indústria, energia, ciência e tecnologia, entre outras áreas.
Contexto político
A visita ocorre em meio à crise tarifária entre Estados Unidos e China, que impacta o comércio global e acentua a importância do fortalecimento das relações comerciais e políticas entre o Brasil e a China. Este é o segundo deslocamento de Lula à China durante seu terceiro mandato presidencial, demonstrando a crescente prioridade dada à parceria com o país asiático. A delegação que acompanha o presidente é maior e mais diversa do que a que acompanhou Lula na Rússia, incluindo ministros, senadores e deputados, evidenciando a amplitude da cooperação pretendida. As negociações visam a assinatura de acordos de cooperação em setores estratégicos como mineração, desenvolvimento sustentável e turismo.
Reações e debates
Personalidades do governo enfatizam a importância da presença do Brasil em fóruns multilaterais como o China-Celac para ampliar o protagonismo regional e internacional do país. A equipe de comunicação de Lula destaca a relevância do encontro, que acontece em um cenário complexo de comércio global, marcado pela disputa tarifária liderada pelos EUA. O fórum servirá também para fortalecer o intercâmbio político e econômico entre a América Latina e a China, ampliando o papel da região em blocos internacionais.
“Graças a Deus temos a China”, enfatizou Lula em entrevista a revista americana, reiterando a relevância do parceiro asiático para o comércio brasileiro.
(“Thanks God we have China”)— Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente do Brasil
Desdobramentos e desafios
A ação conjunta entre Brasil e China, reforçada pelos encontros durante o fórum, poderá abrir caminho para avanços significativos em setores como energia renovável, mineração sustentável e ciência aplicada, impactando a economia brasileira e a inserção do país no cenário internacional. O desafio principal está em equilibrar interesses nacionais com as dinâmicas do comércio mundial, especialmente diante das pressões tarifárias e comerciais dos Estados Unidos. Paralelamente, a ampliação da delegação sinaliza a intenção de alinhar esforços dentro do governo brasileiro, envolvendo diferentes poderes e setores para maximizar os acordos e parcerias.
“O potencial de crescimento da relação entre Brasil e Rússia é grande”, afirmou Lula em Moscou, antes de seguir para a China.
(“The potential for growth in the relationship between Brazil and Russia is significant”)— Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente do Brasil
A agenda proposta indica a continuidade da estratégia brasileira de diversificação das relações internacionais e de fortalecimento do multilateralismo regional, diante de um cenário global de incertezas econômicas e políticas. O avanço dos acordos com a China deverá ser acompanhado pela sociedade e pelo Congresso, que terão papel fundamental no acompanhamento e na regulamentação dos entendimentos firmados, definindo o futuro da cooperação bilateral.
Fonte: (CNN Brasil – Política)