
São Paulo — InkDesign News — A missão Lucy da NASA continua a trazer novas revelações sobre o asteroide carbonáceo Donaldjohanson, após voos rasantes que confirmam sua estrutura e características, ampliando o entendimento sobre a formação do Sistema Solar.
Contexto da descoberta
Localizado nas regiões internas do cinturão de asteroides do Sistema Solar, Donaldjohanson foi descoberto em 2 de março de 1981 pelo astrônomo americano Schelte Bus. No dia 20 de abril de 2025, a sonda Lucy da NASA realizou um sobrevoo próximo ao asteroide, chegando a uma distância de 960 km (600 milhas) de sua superfície. Esta missão é um passo crucial para compreender a história primitiva da Terra e outros planetas rochosos.
As imagens capturadas durante o sobrevoo foram produzidas pela câmera L’LORRI da sonda, revelando um asteroide com características únicas. A análise inicial dos dados indica que Donaldjohanson é um binário de contato alongado, formado pela colisão de dois corpos menores.
Métodos e resultados
A missão teve um enfoque técnico com a utilização de imagens em estéreo, permitindo a visualização tridimensional da estrutura do asteroide. Essa abordagem contrastou as imagens feitas momentos antes do ponto de maior aproximação. Os pesquisadores ficaram surpresos com a forma do pescoço estreito que conecta os dois lóbulos do asteroide, apresentando-se como dois cones de sorvete aninhados. Os cientistas notaram que “as novas imagens foram tiradas alguns minutos antes da maior aproximação” (
“Esta bem-sucedida repetição de ensaio dá à equipe alta confiança de que tanto a espaçonave quanto nossa equipe estão bem preparadas para os eventos principais.”
(“This successful dress rehearsal gives the team high confidence that both the spacecraft and our team are well prepared for the main events.”)— Equipe da Missão Lucy, NASA
).
Implicações e próximos passos
O sucesso deste sobrevoo não só fornece dados valiosos sobre Donaldjohanson, mas também prepara a equipe para futuras missões. A sonda Lucy continua sua jornada, agora a mais de 50.000 km/h (30.000 mph), em direção ao cinturão de asteroides Trojan, onde realizará quatro encontros com pelo menos seis asteroides, incluindo dois satélites já descobertos pela equipe. O primeiro destes encontros está programado para agosto de 2027 com o asteroide Eurybates.
Essas descobertas podem ter um impacto prático significativo na compreensão das origens do Sistema Solar, potencialmente fornecendo informações críticas sobre a formação planetária e a evolução de corpos celestes.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)