
São Paulo — InkDesign News — Os líderes de finanças do G7 se reúnem de terça a quinta-feira em Banff, Canadá, para discutir a segurança econômica, Ucrânia e cooperação em inteligência artificial, evitando focar nas tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump.
Panorama econômico
No contexto atual, os ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais do G7 tentam estabelecer uma unidade entre potências ocidentais em meio a tensões comerciais com os Estados Unidos. A iminente duplicação das tarifas “recíprocas” impostas pelo governo Trump, que podem atingir 20% no Japão, levanta preocupações sobre a estabilidade econômica global. Em especial, o Japão, a Alemanha, a França e a Itália se preparam para enfrentar essas tarifas aumentadas, enquanto o Canadá ainda suporta tarifas de 25% sobre várias exportações.
Indicadores e análises
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, ao se reunir com seus homólogos, irá enfatizar a necessidade de um “retorno ao básico” nas discussões sobre desequilíbrios comerciais. Espera-se que os ministros do G7 discutam também formas de mitigar o impacto das tarifas e redirecionar foco para práticas econômicas não de mercado, especialmente em relação à China. Segundo Mark Sobel, ex-funcionário do Tesouro, “os ministros do G7 incentivarão Bessent a pressionar por políticas mais moderadas do governo em relação ao comércio”.
Impactos e previsões
As tarifas elevadas impõem um desafio significativo à indústria e ao consumidor, e as perspectivas são um tanto preocupantes, com alguns analistas prevendo uma desaceleração econômica no segundo semestre de 2025. “A linguagem sobre mudanças climáticas deve ser uma fonte de discórdia”, observam fontes próximas às discussões, indicando que a agenda de energia verde dos EUA poderá ser um ponto de tensão. A interação entre os ministros durante as reuniões bilaterais, especialmente com Bessent, pode abrir espaço para negociação visando a redução das tarifas em vigor.
Esperam-se desdobramentos nas discussões sobre a Ucrânia e a pressão sobre Moscou, com a participação do ministro das Finanças da Ucrânia, Serhii Marchenko, e possíveis sanções à Rússia também nas pautas. O consenso sobre instituições financeiras não é garantido, mas as autoridades do G7 demonstram determinação em formalizar uma declaração conjunta para a cúpula de líderes que ocorrerá em junho.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)