
Brasília — InkDesign News — O líder do PDT na Câmara, Mário Heringer (MG), manifestou incertezas sobre as intenções políticas do ex-governador Ciro Gomes (PDT) para as eleições futuras, em entrevista concedida recentemente à CNN Brasil.
Contexto político
O histórico político de Ciro Gomes é marcado por diversas candidaturas que contribuíram para a visibilidade do PDT no cenário nacional. Após anunciar em 2022 que não concorreria a cargos eletivos, o ex-governador parece reconsiderar essa decisão. Segundo relatos, apesar de não ser candidato a nada no momento, ele indicou que pode “ser tudo”. Este cenário ocorre em um momento de articulações partidárias complexas, com o PDT enfrentando mudanças no comando de ministérios e debates internos sobre estratégias para as próximas eleições presidenciais.
Reações e debates
Mário Heringer esclareceu que Ciro Gomes não participou da última reunião do partido, dissipando especulações sobre seu envolvimento direto nas atuais decisões do PDT. Sobre a eventual candidatura, afirmou que “até o momento, Gomes mantém sua posição de não ser candidato, ressaltando que esta é uma decisão pessoal.”
“Eu também gostaria de saber o que o Ciro quer.”
— Mário Heringer, líder do PDT na Câmara
Heringer reconheceu a importância do ex-governador para o partido, lembrando que “já foi candidato algumas vezes, representou a gente muito bem e dignamente com as suas teses”. Todavia, o líder enfatizou que qualquer movimentação futura depende da vontade de Ciro e do apoio interno ao seu nome.
“Se lá na frente alguma coisa surgir, algum movimento surgir, e ele se colocar com vontade, e for um nome que o PDT também queira num momento para a gente fazer uma disputa, eu não vejo nenhum impedimento.”
— Mário Heringer, líder do PDT na Câmara
Desdobramentos e desafios
No cenário recente, Ciro Gomes manifestou incômodo com a substituição de Carlos Lupi por Wolney Queiroz no Ministério da Previdência Social, tema que repercute nas redes sociais e dentro das dinâmicas partidárias. A saída de Lupi, presidente nacional licenciado do PDT, ocorreu após denúncias de fraudes no INSS que atingiram cerca de R$ 6 bilhões.
Além do impacto sobre a imagem do PDT, essa troca ministerial pode influenciar as disputas internas sobre liderança e estratégias eleitorais. O futuro da candidatura de Ciro Gomes está atrelado às decisões pessoais do ex-governador, às articulações partidárias e ao contexto político nacional que segue em transformação, especialmente diante da expectativa para as eleições de 2026.
A eventual reversão da decisão de Ciro Gomes pode representar um fator importante para a definição de alianças e posicionamentos do PDT nas próximas eleições, refletindo também no equilíbrio do cenário político brasileiro, marcado por múltiplas disputas e reconfigurações partidárias.
Fonte: (CNN Brasil – Política)