
São Paulo — InkDesign News — O andamento do leilão da Hidrovia do Rio Paraguai enfrenta resistência do Ministério do Meio Ambiente, com preocupações sobre impactos ambientais, enquanto estudos indicam que as dragagens não teriam efeitos substanciais na dinâmica fluvial.
Panorama econômico
O cenário econômico atual está marcado por um debate intenso sobre a concessão de infraestrutura hídrica no Brasil. A Hidrovia do Rio Paraguai, uma importante rota de transporte, é alvo de críticas e discussões no governo, especialmente em virtude de impactos ambientais potenciais. O Ministério do Meio Ambiente levantou preocupações sobre as consequências das obras de dragagem, que são necessárias para facilitar a navegação, no ecossistema do Pantanal. A concessão é considerada vital para aumentar a eficiência do transporte de minérios e produtos agrícolas no Centro-Oeste brasileiro.
Indicadores e análises
Um estudo do Departamento de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e do Corpo de Engenharia do Exército dos Estados Unidos (USACE) sugere que as dragagens resultariam em uma alteração dos níveis de água de apenas 1 centímetro, não provocando a “secagem” do Pantanal. “Tais estudos mostraram não haver impactos significativos, ou seja, não há alterações na quota do rio nem na sua vazão decorrentes das dragagens, que são importantes para manter a segurança na navegação”, informou o Ministério de Portos e Aeroportos (Mpor) à CNN.
Impactos e previsões
Especialistas apontam que a intensidade do debate sobre a hidrovia reflete preocupações mais amplas sobre a gestão ambiental em projetos de infraestrutura. O Mpor afirma que 40% dos investimentos previstos, totalizando R$ 210,8 milhões, serão direcionados para monitoramento ambiental e gestão de risco, incluindo estudos e licenciamento ambiental. Em sua nota, o Mpor projetou que o edital de licitação deve ser publicado no segundo semestre de 2025, com previsão de tarifa de até R$ 1,27 por tonelada de carga.
“O projeto estabelece um calado de, pelo menos, 2 metros no período de seca e de 3 metros no período de cheia.”
(“The project establishes a draft of at least 2 meters during the dry season and 3 meters during the flood season.”)— Representante, Ministério de Portos e Aeroportos
A situação atual coloca em evidência a necessidade de um equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental, desafios que marcarão os próximos passos em relação à hidrovia.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)