
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos, utilizando o Telescópio Espacial James Webb (JWST), descobriram uma galáxia singular, denominada Galáxia do Infinito, que pode abrigar um “buraco negro de colapso direto”. Este fenômeno ocorre quando um buraco negro é formado diretamente de uma vasta nuvem de gás e poeira colapsantes, em vez de resultar da morte de uma estrela.
Detalhes da missão
A Galáxia do Infinito recebeu esse nome devido à sua forma que se assemelha ao símbolo do infinito, com dois núcleos vermelhos. Esse formato peculiar é atribuído à colisão frontal de duas galáxias em disco. As observações foram realizadas como parte do tesouro de 255 horas do survey COSMOS-Web do JWST, que visa investigar a história cósmica do universo.
Tecnologia e objetivos
O JWST é equipado com uma série de instrumentos avançados, que permitem a análise de luz infravermelha de objetos distantes. O principal objetivo dessa missão é explorar a formação de galáxias e buracos negros nos primórdios do universo. “O maior surpresa foi que o buraco negro não estava localizado dentro de nenhum dos núcleos, mas sim entre eles”, afirmou Pieter van Dokkum, líder da equipe e pesquisador da Universidade de Yale.
(“The biggest surprise of all was that the black hole was not located inside either of the two nuclei but in the middle.”)
Próximos passos
O time de pesquisa planeja continuar a análise dos dados coletados, buscando entender melhor a dinâmica que possibilitou a formação do buraco negro entre as duas galáxias. A equipe realizará medições da velocidade do gás e do buraco negro, a fim de verificar suas velocidades relativas. Van Dokkum também mencionou: “Se essas velocidades forem similares, será difícil argumentar que o buraco negro não se formou a partir daquele gás”.
(“Should those velocities be close, within around 30 miles per second (50 kilometers per second), then van Dokkum asserts that it will be hard to argue that the black hole is not formed from that gas.”)
Essa descoberta poderá elucidar questões intrigantes sobre a formação de buracos negros supermassivos com massas milhões ou bilhões de vezes a do Sol, menos de um bilhão de anos após o Big Bang. O entendimento dessa dinâmica contribui significativamente para o avanço da exploração espacial e do conhecimento humano na astronomia.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)