
São Paulo — InkDesign News — As taxas dos DIs fecharam em baixa nesta segunda-feira (19), refletindo uma reação positiva dos investidores às declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e à desaceleração nos rendimentos dos Treasuries.
Panorama econômico
No cenário macroeconômico, o mercado brasileiro reagiu a uma mudança importante na classificação de risco da dívida dos Estados Unidos pela agência Moody’s. A nota de crédito da maior economia do mundo foi rebaixada de “Aaa” para “Aa1”, citando o crescimento da dívida federal e o aumento dos juros como fatores de preocupação. Essa alteração teve repercussões em todos os mercados globais, incluindo o Brasil, onde o aumento dos prêmios de risco nos EUA impacta diretamente as expectativas sobre os países em desenvolvimento.
Indicadores e análises
No fechamento da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 14,72%, mostrando uma queda em relação ao ajuste anterior de 14,748%. Já a taxa para janeiro de 2027 marcou 13,93%, em comparação ao ajuste anterior de 14,004%. Para contratos mais longos, a taxa de janeiro de 2028 ficou em 13,47%, enquanto a taxa para janeiro de 2029 estava em 13,495%. Essa movimentação segue uma manhã de alta, onde as taxas futuras no Brasil dispararam, acompanhando a subida dos rendimentos dos Treasuries.
Impactos e previsões
Os comentários de Galípolo durante um evento do Goldman Sachs em São Paulo, onde defendeu a importância de manter os juros restritivos por um período prolongado, foram cruciais para o alívio nos prêmios de risco. “Para uma economia que temos uma dinâmica surpreendente nos últimos anos mesmo com uma taxa de juros num patamar mais restritivo, com a inflação e com as expectativas desancoradas… a gente realmente precisa permanecer com uma taxa de juros num patamar bastante restritivo por um período bastante prolongado”, comentou o presidente do BC.
“Sem dúvida foi o Galípolo, falou em manter juros restritivos por mais tempo. Mas acho que exterior contribuiu também.”
(“Without a doubt it was Galípolo, he spoke about keeping restrictive rates for longer. But I think the external factors contributed as well.”)— Fernando Bergallo, Diretor de Operações, FB Capital
À medida que os dados de inflação e os indicadores econômicos seguem sendo monitorados, a expectativa é que as taxas de juros permaneçam elevadas por mais algum tempo. O mercado aguardará novos dados que sustentem ou rebatam essa postura.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)