
São Paulo — InkDesign News — O recente anúncio do governo brasileiro, efetuado em 22 de setembro, sobre o congelamento de gastos e o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) provoca reações negativas no mercado, enquanto os economistas sinalizam desafios para a política fiscal e o PIB do país.
Panorama econômico
A decisão do governo de aumentar o IOF ocorre em um contexto de busca por armonização nas políticas fiscal e monetária. Segundo analistas, a medida visa, entre outros objetivos, combater a evasão fiscal e alinhar as alíquotas tributárias. Contudo, José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos, descreve tal taxação como um “primeiro passo no sentido de fechar a conta de capital novamente no Brasil” (“this taxation means a first step towards closing the capital account again in Brazil”).
Indicadores e análises
As novas alíquotas do IOF incluirão 5% sobre aportes mensais acima de R$ 50 mil em planos de seguro de vida e 3,5% sobre remessas para contas no exterior, entre outras. A expectativa é arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026. No entanto, a diretoria de políticas fiscais mostra uma possível subestimação de gastos no Benefício de Prestação Continuada (BPC).
“A situação está ficando bastante perigosa em questão de trajetória da dívida”
(“The situation is becoming quite dangerous in terms of the debt trajectory”)— Marcos Mendes, Pesquisador Associado, Insper
Impactos e previsões
Os impactos da elevação do IOF são amplos, afetando tanto consumidores quanto o setor industrial. O aumento dos impostos pode resultar em um ambiente regulatório mais complexo e, possivelmente, em um cenário de judicialização da tributação. Com a previsão de um déficit primário de R$ 125 bilhões, equivalente a 1% do PIB, a necessidade de um superávit fiscal de 2% do PIB se torna mais urgente, sinalizando uma crise fiscal persistente.
“Essa lambança muito grande”
(“this huge mess”)— José Márcio Camargo, Economista-Chefe, Genial Investimentos
À medida que o governo tenta consolidar suas políticas fiscais, a comunidade econômica observa atentamente os desdobramentos e possíveis medidas corretivas que poderão ser implementadas para estabilizar a trajetória da dívida pública.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)