Pequim, China — InkDesign News — Um evento de pré-estreia do filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” ocorreu em Pequim na segunda-feira (12), destacando a presença da primeira-dama Janja Lula da Silva e da ex-presidente Dilma Rousseff, que atualmente preside o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). A ocasião ressaltou a importância cultural e política da obra em um contexto internacional.
Contexto político
A estreia do longa-metragem “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres, Fernanda Montenegro e Selton Mello, marca uma relevante iniciativa de promoção cultural com forte conteúdo histórico. O filme adapta o livro de Marcelo Rubens Paiva e retrata a história do ex-deputado Rubens Paiva, vítima da ditadura militar, e da luta de sua esposa Eunice Paiva. A liberação do filme na China foi resultado de uma articulação conjunta da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos) e da Embaixada do Brasil no país asiático, refletindo o fortalecimento das relações culturais e econômicas entre Brasil e China. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está na China desde o sábado (10) após visitar a Rússia, tem anunciado investimentos de empresas chinesas no Brasil, consolidando a parceria bilateral.
Reações e debates
A primeira-dama Janja celebrou em suas redes sociais o evento, destacando o significado simbólico da pré-estreia ao lado de Dilma Rousseff:
“Vivenciar este momento ao lado da primeira presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, uma sobrevivente da ditadura militar, tornou o momento ainda mais emblemático.”
— Janja Lula da Silva, Primeira-dama do Brasil
Em resposta, Dilma expressou seu apoio pessoal:
“Conte sempre comigo”.
— Dilma Rousseff, Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB)
O evento, além de oportunizar a divulgação do filme em mais de 10 mil salas de cinema na China, suscita reflexões sobre memória histórica e relações diplomáticas, engajando setores culturais e políticos brasileiros no exterior.
Desdobramentos e desafios
A inserção do filme na programação oficial da China evidencia o interesse crescente em intercâmbios culturais e políticos entre os dois países, especialmente no âmbito de uma parceria estratégica ampliada. Este movimento cultural pode reverberar na agenda diplomática e econômica, influenciando futuras negociações e cooperações multilaterais. No plano interno, a valorização da memória histórica da ditadura militar através do cinema contribui para debates sobre justiça, direitos humanos e memória social, áreas que ainda desafiam o país. A continuidade das articulações culturais e econômicas exigirá equilíbrio político e sensibilidade às demandas históricas brasileiras, reafirmando o papel do Brasil no cenário global.
Ao consolidar um diálogo entre memória histórica, cultura e política externa, o evento reflete caminhos possíveis para o reforço da identidade nacional no exterior e para o aprofundamento da cooperação bilateral com a China.
Fonte: (CNN Brasil – Política)
