
São Paulo — InkDesign News — O esforço do ispace para realizar um pouso suave em Mare Frigoris, na superfície lunar, pode ter sido frustrado. A nave Resilience, da empresa japonesa, não enviou dados de telemetria cerca de um minuto e 45 segundos antes do toque programado, levantando dúvidas sobre seu destino.
Detalhes da missão
A Resilience foi lançada em 15 de janeiro de 2025, a partir de Cabo Canaveral, na Flórida, usando um foguete Falcon 9 da SpaceX. A missão, conhecida como Hakuto-R Mission 2, tinha como objetivo realizar um pouso suave no dia 5 de junho, às 15h17 EDT (1917 GMT; 4h17 do dia 6 de junho no horário padrão japonês). Com 2,3 metros de altura e 1.000 kg quando totalmente carregada, a Resilience é o segundo de uma série planejada de landers da ispace.
Tecnologia e objetivos
A carga útil da Resilience inclui cinco instrumentos, entre eles um probe de radiação de espaço profundo desenvolvido pela National Central University de Taiwan, uma demonstração tecnológica da Takasago Thermal Engineering Co. do Japão e um experimento de cultivo de algas da Euglena Co., da Malásia. O objetivo é dar suporte à futura exploração lunar e estabelecer um ponto de apoio humano na lua.
“Se o Resilience for bem-sucedido, será apenas o segundo pouso suave do Japão na lua.”
(“If Resilience succeeded today, it would be just the second soft lunar touchdown for Japan.”)— Nome, Cargo, Agência
Além disso, a Resilience transporta um pequeno rover chamado Tenacious, que tem a tarefa de coletar uma amostra de solo lunar. O rover, construído pela subsidiária de ispace em Luxemburgo, é projetado para também acomodar uma instalação artística, a “Moonhouse”, que representa um pequeno lar na superfície lunar.
Próximos passos
Embora o resultado do pouso ainda seja incerto, a ispace mantém uma agenda ambiciosa para suas futuras missões lunares. A empresa planeja lançar a próxima missão em 2026, que contará com um lander maior e mais capaz, denominado Apex 1.0. O foco permanece na criação de uma presença sustentável na lua, com a intenção de aumentar a frequência de pousos e explorações com rovers.
“Nossas naves desplegarão enxames de rovers na superfície lunar para pioneirar a descoberta e o desenvolvimento de recursos lunares.”
(“Our landers will deploy swarms of rovers to the lunar surface to pioneer the discovery and development of lunar resources.”)— Nome, Cargo, Agência
O que ocorrer com a Resilience terá implicações significativas para a exploração lunar e para a busca por conhecimento humano. A evolução da tecnologia espacial, apesar de desafios, continua a ampliar as fronteiras do que entendemos sobre nosso sistema solar.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)